quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Construção.

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague.


Por Chico.

Num fim de ano, e no desejo de um próximo ano melhor...
ahhh, não sei oferecer esses votos não.
Dá-lhe Chico.
Dá meu copo, e já era!

haushua

Good vibes 2010!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Descartável.

Parece descartável.
Parece que tudo é descartável agora.
Tudo que eu acho que seria indispensável.
Você mostra toda a sua cultura, mostra toda a sua personalidade forte, se mostra indomável e independente.
E então se vê de uma forma, totalmente diferente, ele chega, e , te desaba.
Desfaz tudo o que vc quis que ele acreditasse.
Te deixa no chão.
A sua praticidade de grande mulher independente e sobressalente cai por terra como restos de crenças.
Que diabos é isso?
Aquele plano infalível do cebolinha deu errado a essa altura?
Ok. Se permita querida.
Eu digo a mim mesma.
Eu quis acreditar no meu alterego.
Quis que ele visse a mina mais incrível do mundo.
Formei um plano que não era meu.
Fui quem eu não era.
Ah, poxa, por mais que eu queira mesmo ser desapegada, eu me apego fácil.
Não gosto nem de emprestar livros, ou Cd's ou DVd's.
E não dispenso boas companhias.
Ai é que tudo desaba meu bem.
Eu vi que nem vale a pena.
Nem vale a pena se mudar, ou se modelar.
Eles largam sem que nem aproveitem tais mudanças.





quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Bom, lembrei que ele me bloqueou no msn.
E que me excluiu do orkut.
Da vida.
E do caralho todo.
O motivo, não podia ser mais sensato.
E de fato, pra ser levado em conta.
Essa merda toda que sempre acontece quando não se é a unica, e nem a preferência.
Já percebi que mulheres brilhantes sempre são rejeitadas, trocadas, usadas, e ficam sozinhas.
Fato.
Nem devia ter lembrado disso...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Super- Heróis

De: Raul Seixas e Paulo Coelho.

Hoje é segunda-feira e decretamos feriado
Chamei Dom Paulo Coelho e saímos lado e lado
Lá na esquina da Augusta quando cruza com
a Ouvidor
Não é que eu vi o Sílvio Santos
Sorrindo aquele riso franco e puro para um filme
de terror
Como é que eu posso ler se eu não consigo
concentrar minha atenção
Se o que me preocupa no banheiro, ou no trabalho
é a seleção
(Vê se tem Kung Fu aí em outra estação)

Já na outra esquina
Dei três vivas ao rei Faiçal
O povo confundiu pensando que era o carnaval
Então eu disse a Dom Paulete: eu conheço aquele ali
Não é possível, dom Raulzito
Quem que no Brasil não reconhece o grande
trunfo do xadrez
Saí pela tangente disfarçando uma possível
estupidez
Corri para um cantinho pra dali sacar o lance de
mansinho
(adivinha quem era? Mequinho!)

Lá em Nova York todo mundo é feliz
Vi o Marlon dançando o último tango de Paris
Pedi cerveja e convenci o garçom do botequim
A não pagar o tal do casco
Ele aceitou pois sou um astro!
E duma cobertura no Leblon
Pelé acena dando aquela
Enquanto o povo embaixo grita: É o Rei,
Pelé despenca da janela
É quando, a 120, o Fittipaldi passa e quem ele
atropela
(Meu Deus! Mequinho no chão, mais três velas)

Vamos dar viva aos grandes heróis
Vamos em frente, bravos cowboys
Avante! Avante! Super-Heróis
Ai-oh Silver!
Shazan


Toca Rauuuuul!!!

mew, escuto esse som, e me divirto tanto, dançando e cantando com a garrafa na mão e o cigarro na outra!
Incrível.

Foda, foda.

hauahsuahuashsua, ah Raulzito...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Esperando.

"... pegue o vestido estampado, guarde pra um carnaval, guarde que eu nunca te quis mal..."

Preciso dançar.
Firular por ai.
Dizer bom dia a quem não conheço.
Trabalhar menos.
Ganhar mais.
Parar de ver coisa, depois de assistir Sobrenatural.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Novos dias.

de: Sérgio Vaz.

“Este ano vai ser pior...Pior para quem estiver no nosso caminho.".Então que venham os dias.Um sorriso no rosto e os punhos cerrados que a luta não para.Um brilho nos olhos que é para rastrear os inimigos (mesmo com medo, enfrente-os!).É necessário o coração em chamas para manter os sonhos aquecidos. Acenda fogueiras.Não aceite nada de graça, nada. Até o beijo só é bom quando conquistado.Escreva poemas, mas se te insultarem, recite palavrões.Cuidado, o acaso é traiçoeiro e o tempo é cruel, tome as rédeas do teu próprio destino.Outra coisa, pior que a arrogância é a falsa humildade.As pessoas boazinhas também são perigosas, sugam energia e não dão nada em troca.Fique esperto, amar o próximo não é abandonar a si mesmo.Para alcançar utopias é preciso enfrentar a realidade.Quer saber quem são os outros? Pergunte quem é você.Se não ama a tua causa, não alimente o ódio.Por favor, gentileza gera gentileza. Obrigado!Os Erros são teus, assuma-os. Os Acertos Também são teus, divida-os.Ser forte não é apanhar todo dia, nem bater de vez em quando, é perdoar e pedir perdão, sempre.Tenho más notícias: quando o bicho pegar, você vai estar sozinho. Não cultive multidões.Qual a tua verdade ? Qual a tua mentira? Teu travesseiro vai te dizer. Prepare-se!Se quiser realmente saber se está bonito ou bonita, pergunte aos teus inimigos, nesta hora eles serão honestos.Quando estiver fazendo planos, não esqueça de avisar aos teus pés, são eles que caminham.Se vai pular sete ondinhas, recomendo que mergulhe de cabeça.Muito amor, muito amor, mas raiva é fundamental.Quando não tiver palavras belas, improvise. Diga a verdade.As Manhãs de sol são lindas, mas é preciso trabalhar também nos dias de chuva.Abra os braços. Segure na mão de quem está na frente e puxe a mão de quem estiver atrás.Não confunda briga com luta. Briga tem hora para acabar, a luta é para uma vida inteira.O Ano novo tem cara de gente boa, mas não acredite nele. Acredite em você.Feliz todo dia!

Sérigo Vaz, em sua autenticidade poética.

O poeta.
O cara!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Desligada de muita coisa.
De quase tudo.
Parei aqui pra redigir um documento, óscios do ofício.
Odeio internet de tarde sabe?!
Sol quente, preguiça, pouca inspiração.
Ai: "bom vou assistir Leona a assassina vingativa pela 125035 vez"
Comecei a ver umas animações, parei em Mombojó, faca.
Ow droga!!!
Nada de documento até agora.
Nada de óscios do ofício.
Datas comemorativas não me fazem muito bem.
Todas sem muito fundamento.
20 anos amanhã.
Eu me imaginava melhor nessa idade.
Magra, com mais apenas dois semestres de faculdade pela frente, serviço púbico fácil, cabelos tingidos de loiro, CNH e carro.
De tudo isso, nada aconteceu.
Tenho livros, Cds e Dvds raros.
Um nivel de intelecto bacana pra uma mocinha.
Um nivel de "fuego" alarmante.
E uma maneira de expressão desconcertante, já dizia minha mamãe (responsável por grande parte da minha personalidade cortante.)
Se já tá bom eu não sei...
Mas que dá uma pontinha de descontentamento mesmo assim, isso dá.
Se tudo der errado, viro pirata!

Aproximadamente duas décadas.

20 anos de loucura.

Amanhã.

creeedo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

corrosivo.

Um cansaço corrosivo, uma queimação, uma agonia.
Classifica bem os últimos dias.
Um mês de pouco alccol apesar dos distúrbios de humor.
Muita música, muitos livros, muita coisa.
E poucas histórias.
Minha mente esteve em tédio sabe?
Nenhuma desventura, nenhuma aventura, nenhum barraco, nada.
Um marasmo.
Ninguém me feriu, eu não feri ninguém.

Ah, quero é confusão. Quero é sangue!

saco!

foda isso sabe... gosto de atividade.
E de passividade. (hehe)

Deus me dê frisson!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Uh... Se a gente já não sabe maisrir um do outro meu bem entãoo que resta é chorar e talvez,se tem que durar,vem renascido o amorbento de lágrimas.Um século, três,se as vidas atrássão parte de nós.E como será?O vento vai dizerlento o que virá,e se chover demais,a gente vai saber,claro de um trovão,se alguém depoissorrir em paz.Só de encontrar... Ah!!!

loshermanos. =]

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Táqueopariu.

olha só.
tô sem paciência ok.
sem um pingo de paciência.
com vontade de quebrar esse copo. jogar ele na parede porra!
a praga pegou certinho.
a merda toda ta aqui agora, diante de mim pra eu me esborrachar nela.
Inveja corrosiva.
merda.
merda.
merda.

merda.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Bactéria FC

Bom, fui a mais um show, no útimo sábado, do Facção Central.
Cheio de contratempos e má organização.
Mas nada tiraria o mérito e a intensidade de Eduardo e Dumdum.
Não desmerecendo de forma nenhuma o grupo Realidade Cruel, o mais prejudicado pela falta de organização do show.
Presença ilustreeee do Moisés (A286), nos bakings.
O Eduardo sempre categórico ( e bonito, Deus como ele tá gato...), e o Dumdum sempre rindo, numa humildaaade...
Pra brindar o talento dos caras:
que sem nenhuma dúvida estão no meu top 3 musical...
Uma das letras que mais me agradam! (:)


Fala pra vaca da sua filha cancelar o ecstasy,não vai rodar a banca com meu som na festa rave.O rap concebido em sampler de sangue,não é trilha pra bisneto de dono da casa grande.Tira o zóio do impala, engasga seu freestyle,pula de manga larga, não no nosso low rider.Toca preta, camisão xadrez, calça larga,é medalha de honra a o mérito da quebrada.Nossa cultura não é moda da Yves Saint Laurent,pra ta no cliente do táxi aéreo da TAM.Enquanto visto no necrotério meu parente costurado,sua estória triste foi a morte do peixe dourado.Vocês tem faculdades, adestraram os robocops,mais seu carro forte não compra meu hip hop.Dou a vida pra cantar meu verso proibido,nasci pro carimbo de insolúvel do DP de homicídios.No Deic o corno vai gritar, caralho, filho da puta,eletrocutei suas bolas e a ideologia não muda.Vim pra por no whysk a elefantíase, o leproso,implorando com a receita a moeda do seu bolso.O estudante que assina e da o documento do carro,pro Denarc não forjar participação no trafico.Sente a radiação FC, via onda sonora,é a mais letal das armas biológicas.

Não adianta blindar carro, por vigia na porta,seu pior inimigo ataca via onda sonora.Os decibéis da nossa dor vão estourar seu tímpanos,vim pra por estricnina no seu whyskie envelhecido.

Aí multinacional, não adianta insistir,seu dólar não transforma Facção em Kelly Key.Quero o topo da Billboard, o Grammy, o planeta,não com o cu de Harley Davidson cantando minha letra.Warner, Sony Music, vão se foder,enfia no rabo a Bervely Hills que cês tem pra oferecer.Liga cu que paga de N.W.A., gangsta,mas tem a ideologia da Harmonia do Samba.Não abro garrafa de cristal na piscina aquecida,com rolex, ouro branco cercado de vadia.Nasci pra entrar quando abrir a garagem do prédio,vai ministro dá as jóias e a chave do Audi zero.Se não fosse autodidata em cultura marginal,tava algemado na maca no corredor do hospital.Respiro pólvora, canto sangue, não existem dias felizes,todo pobre é um Kunta Kinte estrelando seu Raízes.Herdeiro sangue azul eu não subo no seu palco,pra mim 100 mil playboy não vale um favelado.Honro o Facção na pele sofridaque não sabe o que é justiça, corregedoria.Me proclamei sonoplastia do que incendeia o coletivo,com a profissional do filho que o PM matou a tiro.Deus não deu Neston e Pamper´s, não me quis universitário,deu uma mãe faxineira pra eu ser revolucionário.

Não adianta blindar carro, por vigia na porta,seu pior inimigo ataca via onda sonora.Os decibéis da nossa dor vão estourar seu tímpanos,vim pra por estricnina no seu whyskie envelhecido.

Minha calçada da fama tem cadáver com jornal,o flash não é da Caras é do repórter policial.A coletiva não é pra Veja, Isto È,é pro choque que quebra o cacetete na sola do meu pé.Meu camarim não tem frutas da época, toalha branca,tem enforcamento pra ter mais espaço na tranca.Sou a trilha do ambulante com os Free contrabandeado,em fuga do rapa na 25 de Março.Da mulher que sonha com um bolo da padaria,pra cantar parabéns pra sua filha.Da tia iluminada pelo giroflex da polícia,com o corpo do marido esperando a perícia.

Devia ter um controle interativo na televisão,pra botar fogo no Projac, na Xuxa, no Faustão.Se eu seqüestro o Silvio Santos peço de resgate,o Ratinho, o Gugu, num foguete pra marte.Seu personagem de malhação prega o diploma na parede,os meu mata os gambé da blazer pra catar os coletes.Quero que o boy digerindo meu rap sinta o gosto da morte,o gosto do pão do lixo da barraca de dog.Não quero o rol da fama, quero o grupo dos eternos,ser lembrado igual Tupac, isso que é sucesso.O cão pode morder que a caravana não para,sou a gota d'água estremecendo o deserto do Saara.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

10 contados.

Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor não, não, não
Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor, meu amor, meu amor, quem mandou?

Mandei uma mensagem a jato às entidades do tempo
Já me foi verificado que nem mesmo haverá segundos
Que os minutos foram reavaliados e que pra cada suspiro serão 10 contados

Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor, meu amor, meu amor, quem mandou?
Meu amor não se atrase na volta não
Meu amor não, não, quem mandou, quem mandou?

Mandei uma mensagem a jato às entidades do tempo
Já me foi verificado que nem mesmo haverá segundos
Que os minutos foram reavaliados e que pra cada suspiro serão 10 contados.

por: Céu.

aaaahhh aiaiai Céeeeu...

Um "K" de sensibilidade.

Poxa, aquele cavalo ruivo me atormentou por uma noite inteira.
Dai tive mesmo que ligar, e compartilhar...
Coisas doces me envolvem de uma forma tensa.
Decidi: meu celular VAI descarregar, e eu vou lá.
Fui mesmo. e o celular realmente descarregou.
Eu ja tinha almoçado. E escovado os dentes.
Tô chegando, eu aviso.
Espero ele vir.
Chega e sorri... E abraça forte. E fica contente.
E eu IDEM.
Eu bem que podia ter lavado a louça.
Até as gatas contribuiram.
Uma fofura tentando agarrar meu casaco; roxo.
Abrimos uma garrafa.
Fumamos os nossos cigarros.
Ouvimos o nosso som.
E lemos. Inclusive a mente um do outro.
Furadeira. Parece até nome de música do Cordel.
E foi como música mesmo.
Boca.
Piercing.
Mãos.
Cheiro.
E tudo começou por causa do cheiro, e da furadeira.
Cheirinho de mato. De folha. De verde.
Mas como assim por causa de cheiro e furadeira?
Começou anos atrás por causa de uma conjutivite!
Envelhecemos. Fato.
E agora lemos até "notas de um velho safado".
Mas a mancha tá aqui ainda.
O sorriso tá aqui ainda.
O cheiro também tá aqui.
O vinho não mais. Secamos a garrafa lembra?
E quase não nos desgrudamos. E quase nos atravessamos.
Mas... com uns quatro minutos de prorrogação, o apito: 48 min do 2º tempo.
A gente se ajeita, se comporta.
"o.k baby!"
E seguimos pelos prédios, e pelo fim de dia cinza.
Um casal bacana eu diria.
Temos o que postar agora!

"...veio até mim, quem deixou me olhar assim, não pediu minha permissão, não pude evitar, tirou meu ar fiquei sem chão..."

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Título: o que você quiser...

Abri a geladeira:
algumas cervejas, um leite desnatado horrível e molho pronto.
O barulho da lata.
Zeca Baleiro.
Um livro já no fim
E uma vontade de tomar banho na chuva, que caia até suave.
Ao menos a chuva cai suave.
Tédio fulminante.
Internet.
Pior ainda ...
Facção Central, me deu raiva.
T.V.
Uma droga.
Fui dormir...
Pensando na mesma cena no dia seguinte.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009


Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo, Espécie de acessório ou sobressalente próprio, Arredores irregulares da minha emoção sincera, Sou eu aqui em mim, sou eu. Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou. Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma. Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim. E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconseqüente, Como de um sonho formado sobre realidades mistas, De me ter deixado, a mim, num banco de carro elétrico, Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima. E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua, Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda, De haver melhor em mim do que eu. Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa, Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores, De haver falhado tudo como tropeçar no capacho, De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas, De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida. Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica, Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar, De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo — A impressão de pão com manteiga e brinquedos De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina, De uma boa-vontade para com a vida encostada de testa à janela, Num ver chover com som lá fora E não as lágrimas mortas de custar a engolir. Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado, O emissário sem carta nem credenciais, O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro, A quem tinem as campainhas da cabeça Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima. Sou eu mesmo, a charada sincopada Que ninguém da roda decifra nos serões de província. Sou eu mesmo, que remédio! ...

De: Álvares de Campos.

ao som de : Chico, claro.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mew, tô precisando de férias.

Ás vezes aparece gente bacana.

Não consigo emagrecer.

Robert Downey Jr. é bonito demais. (o Deep e Norton tb)

Quero ouvir música agora.

Vou pra casa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O que sobrou.

Me agoniza sentir tanta saudade e sentir asco de mim mesma por isso.
Eu bem que poderia arrancar essa porra toda daqui de dentro, não é?!
De fato, eu poderia sim!
Mas parece dependência.
Esses dias ai tava com vontade de escrever outros temas aqui, sabe?...
Só amor, só saudade, só EMOrragia de sentimentos privados... enche o saco mano!
Eu queria mesmo despejar coisas loucas, bem alcoolicas, bem engraçadas como as piadinhas e trocadilhos do Jack Sparrow.
Ou sacanear mesmo, assim como o velho Buk.
Ou até criar um bordão, um rótulo como D. Corleone.
Ai fico naquela de complexo: "mas eu sou gooorda, e sofro taanto", fico triste, melancólica segurando as banha do bucho, medindo, regrando; e continuo comendo feito louca; pra apasiguar a comilança do fim de semana, bebo e fumo a semana inteira, sem freio, me acabando.
A-ca-ba-da ouvindo Maysa, Chico e outros sons que à cada música me fazem exclamar: "Caraaalho, essa merece mais uma dose... "

Então me pego nessa: de querer fazer uma transição forçada.
E acabo despejando aqui o que sobrou; o que sobrou de toda a minha patifaria.
Me resta despejar aqui, e só aqui mesmo tudo o que sobra, porque o que sobra é resto.
E resto meu bain... ninguem quer. Nem eu.

Meu Erro.

Eu quis dizer
Você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas...

Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone...

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe prá trás...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais...

De: Herbert Vianna.

Fico imaginando sabe...

esse som de uma maneira beeem tranquila. Bem calma. E me agrada muito.

=]

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Eu pago as minhas contas.
Sou limpinha, sabe?!
Mas não me encanto com pureza.
Com inocência.
Com essas balelas ai.
Prefiro arder.
Queimar.
Até não controlar meu suor.
Gosto quando é assim.
Quente.
Perverso.
E sincero.

God sex for me!
Very sex.
Hot.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E e as minhas fantasias alcoolicas disformes; como é que ficam se você não vem pra mim?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica psicanálise drogas acupuntura suicídio ioga dança natação Cooper astrologia patins marxismo candomblé boate gay ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço?" Caio F.



“Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.” Caio F.



“De onde vem essa iluminação que chamam de amor, e logo depois se contorce, se enleia, se turva toda e ofusca e apaga e acende feito um fio de contato defeituoso, sem nunca voltar àquela primeira iluminação?” Caio F.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sobre as folhas.

Contarei a história do barão
Que comia na mesa com seu pai
Era herdeiro primeiro dos currais
Mas gritou num jantar
"Não quero nada! Nada!"
Nesse dia subiu num grande galho
Nunca mais o barão pisou na terra

Passou anos e anos na floresta
Andou léguas e léguas sobre as folhas
Construiu sua casa feito ninho
Beijou sua mulher perto das nuvens
Um concreto bordado nas alturas
Com manobras de amor no precipício

Quando amanheceu entre dois prédios
De pastilhas brancas e tandos andares
Um guindaste bem mais distante
A luz, a sombra, a luz, vermelha, da roupa, da aurora...

Soube nessa madrugada do homem
Que não quis os minérios do pai
E não quis os segredos farpados da mãe
Subiu numa planta, no alto da pedra
Bem perto daqui,
E ficou por lá.


Cordel do Fogo Encantado, pra eu sentir mais, sentir demais e viver muito mais.

Quando o sono não chegar.

Neste quarto de fogo solitário
No telhado um letreiro esfumaçado
Candeeiro no peito iluminado
O cigarro no dedo incendiário
O cinzeiro esperando o comentário
Da palavra carvão fogo de vela
Meus dois olhos pregados na janela
Vendo a hora ela entrar nessa cidade
Tô fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela
O prazer de quem tem saudade
é saudade todo dia
O prazer de quem tem saudade
é saudade todo dia
Ela é maltratadeira
Além de ser matadeira
ô saudade companheira
De quem não tem companhia
Eu vou casar com a saudade
Numa madrugada fria
Na saúde e na doença
Na tristeza e na alegria

Quando o sono não chegar
No mais distante lugar
No deserto beira mar
Dia e noite noite e dia.

Cordel do Fogo Encantado, de novo pra eu sentir mais.

Ela disse assim.

Ela disse assim
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão

Se ela quer voar
É porque tem asas
É porque tem asas
Não não não
Quando a gente voa
Distante e só
Tão distante e só
O sol não vem e a luz que cai
Nunca mais voltou
Nunca mais voltou
Não não não.

Cordel do Fogo Encantado, sempre me fazendo sentir demais.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Meu
Deus...

Tô sentindo uma dor tão forte no meu peito...
Um incômodo que dá vontade de arrancar a blusa e gritar.
Não é aquela dor figurativa de poeta. É real, é forte.
Parece até que é meio sensitiva.
Algo por acontecer, algo por vir...
Terrível...
Tomei um copo d'água.

"Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam ou não levam até sua morte. Não reverenciam as próprias vidas, mijam em suas vidas. As pessoas as cagam. Idiotas fodidos. Concentram-se demais em foder, cinema, dinheiro, família, foder. Suas mentes estão entupidas de algodão. Engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Acabam deixando que os outros pensem por elas. Suas mentes estão entupidas de bosta. São feios, falam feio, caminham feio. Toque pra elas a maior música de todos os tempos e elas não conseguem ouvi-la."

Charles Bukowski, naturalmente.

Okay... acho que tô melhor!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Trechos perfurantes!

"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."



"(...)Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan,depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma?”


De: Caio F.

Um luxo!




terça-feira, 20 de outubro de 2009


"Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, pra ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração? Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?"


Fernanda Young, matando a pau!


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"...O certo é que eu dancei sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar
Dia e noite sem parar, procurei sem encontrar
A palavra certa,
A hora certa de voltar,
A porta aberta,
A hora certa de chegar...
(...)
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês..."


(Eu que não amo você- Engenheiros do Hawai)

É foda tudo isso mas eu não consigo me encontrar em nada.
Tenho trabalhado como um relógio, assídua, pontual e firme.
Mas nem isso me faz esquecer tudo o que eu acho que não preciso lembrar.
Cada texto, cada bobagem que despejo aqui, têm uma direção certa.
E bastante variável eu diria...
O que eu vou fazer com essa saudade que me invade?
Saudade de que?
Saudade de quem?
Saudade pra que?
Mas ela tá aqui, me furando, cortando, cutucando pra eu lembrar e chorar ais uma vez...
E meu choro tão interno, quase invisível, quase inotável mesmo para os mais sensíveis.
Ando tão irritada, tão chata, tão idiota sabe como é?!
Tô sentindo tanta saudade.
Tanta saudade.
Saudade.







quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Azedume

Tira esse azedume do meu peito
E com respeito trate minha dor
Se hoje sem você eu sofro tanto
Tens no meu pranto a certeza de um amor

Sei que um dia a rosa da amargura
Fenecerá em razão de um sorriso teu
Então, a usura que um dia sufocou minha alegria
Há de ser o que morreu
Então, a usura que um dia sufocou minha alegria
Há de ser o que morreu

Dai-me outro viés de ilusão
Pois minha paixão tu não compras mais com teu olhar
Leva esse sorriso falso embora
Ou fale agora que entendes meu penar

A lágrima que escorre do meu peito
É de direito, pois eu sei que tens um outro alguém
Mas peço pra que um dia se pensares em trazer-me seus olhares
Faça porque te convém
Peço pra que um dia se pensares em trazer-me seus olhares
Faça porque te convém.

Los Hermanos. <3

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Peculiar.

É assim né...
Você ama, chora, bebe.
No fim das contas: você vê o quão inútil foi desperdiçar alcool e lágrimas com alguém tão pequeno.
Tão bobo diante do meu intelecto.
Ás vezes a gente morre e não se dá conta disso... Em outros casos você acorda pra vida, sente raiva, desgosto pela burrice e depois bebe dando risadas diante de tudo.
Hoje meu bem, bebo como sempre, dou tanta risada e acho tão engraçado a doçura com que me referia àquela situação tão amarga. Engraçado e idiota.
"Afãn"
Não significa quase nada não é mesmo.
Qualquer coisa pode me fazer secar uma garrafa.
Só pra "contracenar com você." Como uma Colombina.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nada de mim ok.?

O primeiro post de outubro.
Quero apenas que fique claro:

que não quero nada de você.
E que não quero nada com você.

ok.?

Aproveita pra me bloquear na sua vida também.
Ficaremos todos bem assim.

Continuo lendo o que bem entendo, ouvindo e falando.

Tá ótimo assim.

Hasta la vista!
;]

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"Acendo a memória das virgens que, presas em gaiolas de ferro, profetizavam mastigando ervas e folhas de cevada, enquanto gases estranhos- talvez vapores venenosos- saíam com pressão da fenda da pedra embaixo da jaula levantando a saia da louca que gozava o futuro. E o seu grito doido pelo deus recebido furava o amanhã. E essa era a voz do oráculo. Voz que acabava guerra começava guerra destrinchava destinos."

Trecho de Mercadorias e Futuro; de José Paes de Lira.

" Vendo a luz do céu. Quem quer comprar?"

"como é maravilhoso o amor
(o amor e outros produtos).

Drummond, poesia Aurora, livro Brejo das Almas.

Nem caixão de ouro empata o defunto apodrecer.


Manoel Xudu,em lgum bar da alta Interlândia!

Dia fosco.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"...Faça um favor pra mim...

...Nem venha me procurar!
Não perco mais um dia de sol
Não deixo que a tua sombra me assuste
Nem pense que eu fiquei na pior
Não vêm me procurar, desilude
Você me entristeceu sem saber
Eu tive que mudar foi preciso
Teu segredo roubou o meu sorriso..."

Pqp! Tô na merda msm!
Olha o estilo do som...

Dermilivre... mas descontrair é preciso!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Faca.

eu não acredito em tudo que eu mais quero
mas vivo a sonhar com você a me beijar
e essa dor que sara faz viver e acordar pra mim
eu quero ver você dançar
em cima de uma faca molhada de sangue
enfiada no meu coração


cada passo em falso
que eu disfarço
e não posso mais ser seu
eu não consigo mais viver sem ter
poder falar não sei
eu te levo, trago e não passo
e está tudo bem
se eu desmonto e disfarço
e porque você não vem
Mas se eu meço e renovo
é porque eu te quero bem,te quero bem
.


por: MOMBOJÓ.


Quando eu vi ele ir embora, a saliva desceu cortante...
Eu realmente precisava de uma cerveja!
Eu precisava que ele voltasse, e visse meus olhos cheios d'água!
E olhe que pra mim é foda chorar, na frente dos outros, por causa dos outros.
Uma cerveja!
Pra ajudar a engolir o choro, a dor, a saudade. De vê-lo ali, grande, e iluminado.

E pra completar, meu broto, minha amante, tentando me consolar, encontra também um desses amores indispensáveis e inesquecíveis que a gente encontra pouquíssimas vezes na vida!
Duas cervejas!

É, grandes amigos sofrem a nossa dor, LITERALMENTE!
Ecutamos Chico na volta pra casa, destroçadas, acabadas, sonhando com tais encontros de uma maneira diferente.
Mas, não irá contecer.
No meu caso, porque sonho pouco. Corro pouco. E me decepciono sempre.
No caso de meu broto: porque é tão grande o sentimento, que não vale a pena cultivá-lo esperando que volte na mesma proporção.

Sofrido. Doído.

"eu quero ver você dançar em cima duma faca molhada de sangue enfiada no meu coração..."

No cry baby!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mania besta!

Depois que escrevo tudo,que desabafo, que vomito essas palavras por aqui...
Acho todas elas meramente insignificantes.
E nem são pra assustar, ofender ou atingir alguém em especial, ou de fato.
Alguém até pode se indentificar com essas minhas tolices um dia!
Mas por favor meus caros: encarem como textos bobos e vagamente imorais.
Não façam julgamentos, e muito menos admirem tal capacidade pra pensar tudo aquilo, e ainda conseguir transpassá-las. E achar que alguém irá mesmo entender o que eu tava querendo dizer.
Haaahahah... É tão engraçado, há até quem fique com raiva, quem se afaste, ou quem me ache equivocada...
Mas é aquela coisa, colha o que você planta meu bem...
Se eu tô aqui pra dizer o que eu quero, é bom que eu me adapte a tais reações.
E já to viciada em atualizar, escrever, aqui todos os dias.
Eu gosto, é um momento tão bom...
Me divirto por aqui.
Mesmo quando são amargas as palavras.
E mew: tenho me importado tão pouco com a vidinha alheia... Com as ações e reações dos outros.
Que nem lembro que um dia eles podem parar pra ler: Fé cega.Faca amolada.

ok. ok.

=]*** beijosMEdedico nessa manhã de um calor infernal.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas pra viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo,que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas."

Jack Kerouac.

Já disse que ando perversa?

Quero que você vá pro inferno com esse apego desnecessário!
E esse medo de nemseioque!
Pro caralho esse seu conceitozinho de que "ahh, minha namoradinha é incrível"!
Vomita o que você sente de verdade porra!
Fica nessa de "eu sou foda" e não tem coragem pra nada, seu imbecil acovardado!
Bora! Me manda sumir da sua vida!
Manda!!!
Eu já sei que você não tem coragem!
Eu já sei que se um dia você fizer isso, ah meu bem, eu no máximo farei um brinde a isso tudo.
Acabou essa putaria de sofrimento á toa!
Acabou esse chorôrô por causa de um típico artista que parece ser o máximo.
Máximo?
Máxima hipocrisia, máximo status quo!
Verdade invisível essa sua!
E essa droga que você me deu pra eu te desejar um dia não fez o efeito esperado não é?!?
Um puta de uma droga falsa como você e esses seus conceitos tolos.
Eu prefiro sim continuar sendo essa biscate imoral ácida que sou a ter que me submeter a essa vidinha sem graça que você quer levar!
Eu não quero um amor paralelo, unilateral, na verdade de você eu não espero mais que uma garrafa de vodka barata e uma vitrola tocando Raul.
E ainda abre a boca pra me dizer: "eu só quero o que eu posso ter agora, e ver, e sentir" então sente a minha fúria caralho! Olha aqui bem de perto, nos meus olhos vermelhos e trêmulos de raiva por existir alguém tão patético como você.
E acredite: não é porque tenho raiva que você significa muito.
Tenho raiva até quando não acho a ponta do durex, meu bem!

O melhor é que eu sei. Sei que você sabe.

Que EU, sou FODA baby!

Eu ando tãao perversa... ¬¬

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Conhecer-me

Começo a conhecer-me.
Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser
e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo,
porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz,
feche a porta
e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.


De: Álvaro de Campos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tudo de uma vez.

Tenho sido repetitiva.
Porque minhas queixas são as mesmas.
Fumo o mesmo cigarro.
E tomo das mesmas bebidas.
E leio o mesmo autor.
E viajo no sexo da mesma pessoa.
Torço pro mesmo time.
E me irrito com tudo isso.
E amo tudo isso.
Quer saber como eu me sinto?

Sou uma reclamona, resmungona e chata.

Que bebe como uma vagabunda.
Que trabalha como uma louca.
Que estuda como uma nerd idiota.
Que lê como se fosse a única coisa a fazer.
Que fuma como se fosse matar a fome.
Que quer sexo como uma prostituta.
Que quer amor como uma bailarina.
Que come como se fosse óscio.

E quero tudo de uma vez mesmo quando não quero nada.
E falo demais... e bebo demais... e não serve pra nada mesmo.

Up!

"_ Você tem uma cara muito estranha- ela disse. Você não é realmente feio.
_ Número quatro no setor de envio de mercadorias, galgando posições.
_ Alguma vez você já se apaixonou?
_ Isso é para pessoas de verdade.
_ Você me parece de verdade.
_ Não gosto de pessoas de verdade.
_ Não gosta?
_ eu as odeio."



hauhhsuahsuahushua, adooooro!

Trecho de Factótum, 3° livro do velho Buk que devoro.
Uma arte indiscutível.

CHINASKI =] go, go baby!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mercadorias e futuroooooo!


O melhor e mais alucinante espetáculo que pude assistir na VIDA!
Assim que comecei a postar aqui, comentei sobre essa peça do Lirinha. (aaaahhhhhhh o Lirinha)
E ainda reclamei que nunca tinha vindo pra Brasilia, e veeeeeeio!

Estreou ontem na Sala Martins Penna, no Teatro Nacional.
Foda! Foda! foda!

Fui com amigos incríveis!
Camiiiiiiiiiilaaaaa, quase choramos um milhão de vezes, e ele chegou a um palmo de nós!


e ainda tem show amanhãaaaaaaa!!!

cordeeel....ênfase porque a emoção é graaande!
OH MY GOD!

Uma loucura!

Muito bom... Ganhei o ano.

=]
liriiiiiinhaaa <3

Sussurro.


... então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você
e a minha voz vai querer dizer tanta,
mas tanta coisa que eu vou ficar calada,
um tempo enorme só olhando você sem dizer nada,
só olhando e pensando,
meu Deus mas como você me dói de vez em quando...

Caio F.


Hoje eu tô bem mais serena.
Ainda sinto raiva daquele idiota.
Acho que ainda sim, é a melhor companhia numa noite fria.
Eu desco baixo. Eu fico como uma prostituta em frente a um boteco.
Me bate uma insanidade, uma saudade, uma sede.
Ai bebo (como todas as noites), de-vo-ro meus próprios lábios, de desejo e raiva. De gosto e de desgosto. Mas digo que posso até agradecer, porque você, seu maldito imbecil, me faz sentir viva.
Me faz sentir extremamente viva. E me aquece, mesmo que seja numa mistura de sentimentos.
Sou mesmo uma tola. Besta.
Acho que posso com qualquer um. Acho que você jamais vai me ver no chão.
Acho que nunca vou chorar, e nem gritar por sua causa.
Continuo com essa tolice. Com essa besteira. Porque acho mesmo que você não vale nada disso.
Todavia, pre-ci-so de você do meu lado.
Pra me irritar. e me seduzir com aquelas gargalhadas sem noção que você solta!
E te acho tão chato.
E te acho tão lindo...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Lembro-me bem do seu olhar.

Lembro-me bem do seu olhar.
Ele atravessa ainda a minha alma.
Como um risco de fogo na noite.
Lembro-me bem do seu olhar. O resto...
Sim o resto parece-se apenas com a vida.

Ontem, passei nas ruas como qualquer pessoa.
Olhei para as montras despreocupadamente
E não encontrei amigos com quem falar.
Tão triste que me pareceu que me seria impossivel
Viver amanhã, não porque morresse ou me matasse,
Mas porque seria impossivel viver amanhã e mais nada.

Fumo, sonho, recostado na poltrona.
Dói-me viver como uma posição incómoda.
Deve haver ilhas lá para o sul das coisas
Onde sofrer seja uma coisa mais suave.
Onde viver custe menos ao pensamento,
E onde a gente possa fechar os olhos e adormecer ao sol
E acordar sem ter que pensar em responsabilidades sociais
Nem no dia do mês ou da semana que é hoje.

Abrigo no peito, como a um inimigo que temo ofender,
Um coração exageradamente espontâneo
Que sente tudo o que eu sonho como se fosse real,
Que bate com o pé a melodia das canções que o meu pensamento canta.

Canções tristes, como as ruas estreitas quando chove.

Por: Álvaro de Campos.

Lembram daquele que me mandou Bukowski, numa sexta sem álcool?
Sim, dedico esse post pra ele.
Não, não! Não o post de luz.
O texto.

PODEria ser você.


Sim. Poderia ser você.
Se você não fosse insuportávelmente parecido comigo!
Se você não fosse tão inteligente...
Eu não quero que seja você pelo simples fato de que eu te adoraria pelo resto da vida!
Não! Não pode ser você.
Se for você com certeza vou vestir uma cinta-liga todas as noites, me maquear pra você borrar em seguida, e usar aquele perfume estonteante que você tanto adora!
Eu não quero ter que ouvir aquele som da gente pelos anos seguintes.
Já disse que você não presta. E consequentemente eu também não presto!
E não quero te ser fiel.
Só existe um homem que me transforma: José Cuervo.
E não quero substituições.
Não quero que sejam sempre os teus sussurros a me arrepiar.
Não quero nada de você além do que já tenho.
E não quero te dar nada além do que já te dou. E sim, foi um trocadilho.
E não quero nada puro. Nada inocente. Nada intocável.
Quero só o que posso ter. Quero só aquilo que realmente posso ter, e me favorecer.
Sou uma egoísta depravada e cheia de devassidão.
Não confie em mim meu bem!
Assim como você, desejo uma vida prática e e desapegada.
Assim como você, sou a favor de sexo. E pronto.
E me cuido pra não ter um pingo de apego a você.
E bebo, e leio, e dou risadas, e me debruço na varanda, louca, pensando o que eu poderia te causar, sendo tão autentica. Sendo tão sincera. Sendo tão fria. Sendo tão quente.
Somos irritantemente parecidos.
PODEria ser você, meu parceiro de Rum, de Heineken, de Play, de Estádio, de cama, De VIDA.
Mas... Me recuso a te desejar dessa forma.
E padecer te amando?
ha-ha-ha...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Retrato em branco e preto.

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho,
E sei também que ali sozinho,
Eu vou ficar tanto pior
E o que é que eu posso contra o encanto,
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto e que, no entanto,
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes, velhos fatos,
Que num álbum de retratos
Eu teimo em colecionar

Lá vou eu de novo como um tolo,
Procurar o desconsolo,
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras,
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado,
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto,
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração.

De: Chico Buarque; o Filho-da puta mais foda que pude ouvir!

E ainda terei que participar de reuniões do A.A por causa dele.

Bjostededico, Chico!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009


"...When the future's architectured
By a carnival of idiots on show
You'd better lie low..."

By: Coldplay.
"All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love"


Nhaaaaim Beatles!

De certa forma;

eu penso que você me usa...
Abusa da minha paciência, abusa porque sou gente boa contigo.
De certa forma eu sei que facilito sua vida.
Sei que aquela bebida toda influi nisso tudo.
Sei que de certa forma aquela música que te dedico toda vez que ouço, é mesmo feita pra nós.
E, claro... Te desejo todas as vezes que ela toca.
Já cansei de dizer que você não presta, que não vale um "piquí ruído", mas não adianta, eu também não presto.
Não presto porque quero vc assim... Quero sentir você.
Quero vc pra mim. Libertinamente.
E sei que isso vai durar!
Porque somos clandestinos! Bandidos! Piratas!
Somos farinha do mesmo saco.
E sei que vc também arde quando chega perto do meu pescoço.
Você inflama com o meu cheiro, extasia com os meus cabelos espalhados sobre você.
E digo: Bem feito!
Podia ter parado de sorrir pra mim daquela maneira.
Ah que raiva que eu tenho de você!
E que merda é essa que não paro de pensar em você?
Tá. Ok.
Quero vc. E te adoooro.
Ilegais. Somos ilegais.

"...eusóseiqueeuquerovocêpertinhodemim..."

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Se vai tentar
siga em frente.

Senão, nem começe!
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.

Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar caçoadas, desolação...

A desolação é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E farei, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.

Se vai tentar,
Vá em frente.
Não há outro sentimento como este
Ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena.

De Charles Bukowski, velho Buk, o melhor.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009



"...Você vai me destruir
Como uma faca cortando as etapas
Furando ao redor
Me indignando, me enchendo de tédio
Roubando o meu ar
Me deixa só e depois não consegue
Não me satisfaz
Pensando em te matar de amor ou de dor eu te espero calada."

Vanessa da Mata; na melhor das hipóteses.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Alcoólicas, trecho III e IX

de
Hilda Hilst

III

Alturas, tiras, subo-as, recorto-as
E pairamos as duas, eu e a Vida
No carmim da borrasca. Embriagadas
Mergulhamos nítidas num borraçal que coaxa.
Que estilosa galhofa. Que desempenados
Serafins. Nós duas nos vapores
Lobotômicas líricas, e a gaivagem
se transforma em galarim, e é translúcida
A lama e é extremoso o Nada.
Descasco o dementado cotidiano
E seu rito pastoso de parábolas.
Pacientes, canonisas, muito bem-educadas
Aguardamos o tépido poente, o copo, a casa.

Ah, o todo se dignifica quando a vida é líquida

IX

Se um dia te afastares de mim, Vida — o que não creio
Porque algumas intensidades têm a parecença da bebida —
Bebe por mim paixão e turbulência, caminha
Onde houver uvas e papoulas negras (inventa-as)
Recorda-me, Vida: passeia meu casaco, deita-te
Com aquele que sem mim há de sentir um prolongado
vazio.
Empresta-lhe meu coturno e meu casaco rosso:
compreenderá
O porquê de buscar conhecimento na embriaguês da via
manifesta.
Pervaga. Deita-te comigo. Apreende a experiência lésbica:
O êxtase de te deitares contigo. Beba.
Estilhaça a tua própria medida.

Ouuun Cah meu Broto!
Tank,s!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

tá doendo.

"...Depois do novo dia, tudo vai ser diferente
Só que o novo dia ainda não raiou
Enquanto espero a alva, fico na companhia do passado
Mas sem a companhia dos meus antepassados
Melancolia não é obra do acaso
O bam, bam, bam dá risada, enquanto o pobre amarga seu
fracasso
tudo misturado às lembranças do passado
desenhos que antes faziam sorrir, hoje fazem refletir no provir
Óh, que doce esperança no porvir
Eu gozarei do seu rico favor, meu Senhor
Mas por enquanto um cheiro, um gosto
Aciona o gatilho do gosto ou do desgosto
Meu Deus, quantos rostos que eu não vou voltar a ver
Minha avó, que saudade de você
Meu avô, um dia a gente se vê
Então vou poder ouvir as histórias de um homem que foi grande
Pena não ter nascido antes...

...Eu olho pra frente e sinto saudades
Do tempo bom da minha mocidade
No peito arde uma dor que me invade
Contagia tudo e sobe até a mente
Se não me cuido até fico doente
Neurose deprimente
Ontem, hoje e antigamente
Conforta saber que não vai para sempre
Depois do novo dia, vai ser diferente..."


(APC 16- Pregador Luo.)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"...Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio..." Caio F.

Ela se foi.

"...Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim
Outra vez..."

Ontem foi o aniversário dela.
Hoje ela se foi.

Vou te amar pra sempre vóvó.
E quero que saiba que sempre a-d-o-r-e-i suas tapiocas ás 6 hs da manhã.
E que eu adorava quando você me balançava na rede.

Vou te amar pra sempre Vóvó!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

.

Tô com um sentimento um tanto crítico de minhas atitudes hoje.
Parece que estou fazendo tudo errado.
E as coisas estão cada dia mais desorganizadas na minha vidinha tosca.
Tenho conhecido gente interessante.
E soltado os meus melhores e mais sinceros sorrisos pra elas.
Elas aparentemente merecem.
Tô sentindo uma saudade dentro de mim...
Assim... sem motivo.
Ás vezes até tem motivo.
Eu é que tô escondendo de mim mesma.
Escondo de mim mesma muita coisa.
Que não deveria...


Quero uma bebida nessa tarde cinza.

ps: aniversário da minha vó! tão bonita ela...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"Uma das minhas preocupações constantes é o compreender como é que outra gente existe, como é que há almas que não sejam a minha, consciências estranhas à minha consciência que, por ser consciência, me parece ser a unica. Compreendo bem que o homem que está diante de mim, e me fala com palavras iguais às minhas, e me faz gestos que são como eu faço ou poderia fazer, seja de algum modo meu semelhante. O mesmo, porém, me sucede com as gravuras que sonho das ilustrações, com as personagens que vejo dos romances, com as pessoas dramáticas que no palco passam’ através dos actores que as figuram.
Ninguém, suponho, admite verdadeiramente a existência real de outra pessoa. Pode conceder que essa pessoa seja viva, que sinta e pense como ele; mas haverá sempre um elemento anónimo de diferença, uma desvantagem materializada. Há figuras de tempos idos, imagens espíritos em livros, que são para nós realidades maiores que aquelas indiferenças encarnadas que falam connosco por cima dos balcões, ou nos olham por acaso nos eléctricos, ou nos roçam, transeuntes, no acaso morto das ruas. Os outros não são para nós mais que paisagem, e, quase sempre, paisagem invisível de rua conhecida.
Tenho por mais minhas, com maior parentesco e intimidade, certas figuras que estão escritas em livros, certas imagens que conheci de estampas, do que muitas pessoas, a que chamam reais, que são dessa inutilidade metafísica chamada carne e osso. E «carne e OSSO», de facto, as descreve bem: parecem coisas cortadas postas no exterior marmóreo de um talho, mortes sangrando como vidas, pernas e costeletas do Destino.
Não me envergonho de sentir assim porque já vi que todos sentem assim. O que parece haver de desprezo entre homem e homem, de indiferente que permite que se mate gente sem que se sinta que se mata, como entre os assassinos, ou sem que se pense que se está matando, como entre os soldados, é que ninguém presta a devida atenção ao facto, parece que abstruso, de que os outros são almas também.
Em certos dias, em certas horas, trazidas até mim por não sei que brisa, abertas a mim por o abrir de não sei que porta, sinto de repente que o merceeiro da esquina é um ente espiritual, que o marçano, que neste momento se debruça à porta sobre o saco de batatas, é, verdadeiramente, uma alma capaz de sofrer.
Quando ontem me disseram que o empregado da tabacaria se tinha suicidado, tive uma impressão de mentira. Coitado, também existia! Tínhamos esquecido isso, nós todos, nós todos que o conhecíamos do mesmo modo que todos que o não conheceram. Amanhã esquecê-lo-emos melhor. Mas que havia alma, havia, para que se matasse. Paixões? Angústias? Sem dúvida… Mas a mim, como à humanidade inteira, há só a memória de um sorriso parvo por cima de um casaco de mescla, sujo, e desigual nos ombros. É quanto me resta, a mim, de quem tanto sentiu que se matou de sentir, porque, enfim, de outra coisa se não deve matar alguém… Pensei uma vez, ao comprar-lhe cigarros, que encalveceria cedo. Afinal não teve tempo para encalvecer. E uma das memórias que me restam dele. Que outra me haveria de restar se esta, afinal, não é dele mas de um pensamento meu?
Tenho subitamente a visão do cadáver, do caixão em que o meteram, da cova, inteiramente alheia, a que o haviam de ter levado. E vejo, de repente, que o caixeiro da tabacaria era, em certo modo, casaco torto e tudo, a humanidade inteira.
Foi só um momento. Hoje, agora, claramente, como homem que sou, ele morreu. Mais nada.
Sim, os outros não existem… É para mim que este poente estagna, pesadamente alado, as suas cores nevoentas e duras. Para mim, sob o poente, treme, sem que eu veja que corre, o grande rio. Foi feito para mim este largo aberto sobre o rio cuja maré chega. Foi enterrado hoje na vala comum o caixeiro da tabacaria? Não é para ele o poente de hoje. Mas, de o pensar, e sem que eu queira, também deixou de ser para mim…"

Fernando Pessoa; Livro do Desassossego.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Na varanda.

Lendo um livro que mais parece um vômito, feridas expelindo secreções, cuspes de sangue.
Um ótimo livro.
Tomando uma dose de Rum atrás da outra.
Fumando o velho e câncerígeno cigarro da saudade.
Um vento gelado no rosto. Só o vento estava gelado.
Eu estava quente.
Em mais uma noite na varanda.
Lendo, bebendo, fumando e sofrendo gratuitamente outra vez.
Amando de graça.
Desejando de graça.
Deteriorando meus orgãos de graça.
E não há quem pague ou o que pague essas noites de insônia.
Essa agonia que me consome.
Esses desejos reprimidos que insistem em me derrubar.
É de graça.
Todas essas linhas são de graça.
As minhas feridas, mesmo as cicatrizadas, expelem a mesma secreção nojenta daquele livro.
Um ótimo livro.
Não saram.
Eu não deixo, porque as enxergo.
E o Rum... Ah o Rum.!
Não é de graça.
O cigarro da saudade... Ah o cigarro da saudade.!
Não é de graça.
A única coisa gratuita aqui é a minha raiva.
O sentimentalismo barato que eu insisto em cultivar.
Sim, sentimentalismo barato, porque amor não é.
E não será nunca. Não dessa forma.
Não assim, individual e mesquinho.

Happy Rum!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Reticências...


Arrumar a vida, pôr prateleiras na vontade e na ação.
Quero fazer isto agora, como sempre quis, com o mesmo resultado;
Mas que bom ter o propósito claro, firme só na clareza, de fazer qualquer coisa!
Vou fazer as malas para o Definitivo,
Organizar Álvaro de Campos ,
E amanhã ficar na mesma coisa que antes de ontem — um antes de ontem que é sempre…
Sorrio do conhecimento antecipado da coisa-nenhuma que serei.
Sorrio ao menos; sempre é alguma coisa o sorrir…
Produtos românticos, nós todos…
se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada.
Assim se faz a literatura…
Santos Deuses, assim até se faz a vida!
Os outros também são românticos,
Os outros também não realizam nada, e são ricos e pobres,
Os outros também levam a vida a olhar para as malas a arrumar,
Os outros também dormem ao lado dos papéis meio compostos,
Os outros também são eu.
Vendedeira da rua cantando o teu pregão como um hino inconsciente,
Rodinha dentada na relojoaria da economia política,
Mãe, presente ou futura, de mortos no descascar dos Impérios,
A tua voz chega-me como uma chamada a parte nenhuma, como o silêncio da vida…
Olho dos papéis que estou pensando em arrumar para a janela,
Por onde não vi a vendedeira que ouvi por ela,
E o meu sorriso, que ainda não acabara, inclui uma crítica metafisica.
Descri de todos os deuses diante de uma secretária por arrumar,
Fitei de frente todos os destinos pela distração de ouvir apregoando,
E o meu cansaço é um barco velho que apodrece na praia deserta,
E com esta imagem de qualquer outro poeta fecho a secretária e o poema…
Como um deus, não arrumei nem uma coisa nem outra…
Por: Álvaro de Campos.
ai caralho... isso me faz beber (também).

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Alcoólicas.


de Hilda Hilst

É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.
(Alcoólicas - I)

* * *

Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Diante do coruscante ouro da bebida. Aos poucos
Vão se fazendo remansos, lentilhas d'água, diamantes
Sobre os insultos do passado e do agora. Aos poucos
Somos duas senhoras, encharcadas de riso, rosadas
De um amora, um que entrevi no teu hálito, amigo
Quando me permitiste o paraíso. O sinistro das horas
Vai se fazendo tempo de conquista. Langor e sofrimento
Vão se fazendo olvido. Depois deitadas, a morte
É um rei que nos visita e nos cobre de mirra.
Sussurras: ah, a vida é líquida.
(Alcoólicas - II)

* * *

E bebendo, Vida, recusamos o sólido
O nodoso, a friez-armadilha
De algum rosto sóbrio, certa voz
Que se amplia, certo olhar que condena
O nosso olhar gasoso: então, bebendo?
E respondemos lassas lérias letícias
O lusco das lagartixas, o lustrino
Das quilhas, barcas, gaivotas, drenos
E afasta-se de nós o sólido de fechado cenho.
Rejubilam-se nossas coronárias. Rejubilo-me
Na noite navegada, e rio, rio, e remendo
Meu casaco rosso tecido de açucena.
Se dedutiva e líquida, a Vida é plena.
(Alcoólicas - IV)

* * *

Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito
Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado
Salpicado de negro, de doçuras e iras.
Te amo, Líquida, descendo escorrida
Pela víscera, e assim esquecendo
Fomes
País
O riso solto
A dentadura etérea
Bola
Miséria.
Bebendo, Vida, invento casa, comida
E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos
Quando não sou líquida.
(Alcoólicas - V)


in Do Desejo - Campinas, SP: Pontes, 1992.


oun. queria tanto achar a terceira parte...

Hilda fodonaaa!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"Ainda que dentro de mim as águas apodreçam e se encham de lama e ventos ocasionais depositem peixes mortos pelas margens e todos os avisos se façam presentes nas asas das borboletas e nas folhas dos plátanos que devem estar perdendo folhas lá bem ao sul e ainda que você me sacuda e diga que me ama e que precisa de mim: ainda assim não sentirei o cheiro podre das águas e meus pés não se sujarão na lama e meus olhos não verão as carcaças entreabertas em vermes nas margens, ainda assim eu matarei as borboletas e cuspirei nas folhas amareladas dos plátanos e afastarei você com o gesto mais duro que conseguir e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove e que sua precisão de mim não passa de fome e que você me devoraria como eu devoraria você. Ah, se ousássemos." Caio.

Brog da Camila. Meu Broto. Minha Amante!

Demais

Todos acham que eu falo demais
E que ando bebendo demais
Que essa vida agitada não serve pra nada
Andar por aí, bar em bar, bar em bar

Dizem até que ando rindo demais
E que conto anedotas demais
Que não largo o cigarro e dirijo meu carro
Correndo, chegando no mesmo lugar

Ninguém sabe é que isso acontece porque
Vou passar minha vida esquecendo você
E a razão porque vivo esses dias banais

E porque ando triste, ando triste demais
E é por isso que eu falo demais
E é por isso que eu bebo demais
E a razão porque vivo essa vida agitada demais

E porque o meu amor por você é imenso
É porque o meu amor por você é tão grande
É porque o meu amor por você é enorme
Demais

Maysa.

Lânguida face...
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
ahhhhhhhhhhhhhhh
ahhhhhhhhh

merda!
Grrrrrrrrrrrr que raaaaaaaaaaaaiiivaaaaaaaa!

Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!
Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!
Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!
Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!Burra!

Idiota! Burraaaaa!

Que raiva de miiim!
Buurraaaa!

Moço Velho

Eu sou um livro aberto sem histórias
Um sonho incerto sem memórias
Do meu passado que ficou

Eu sou um porto amigo sem navios
Um mar, abrigo a muitos rios
Eu sou apenas o que sou

Eu sou um moço velho
Que já viveu muito
Que já sofreu tudo
E já morreu cedo

Eu sou um velho moço
Que não viveu cedo
Que não sofreu muito
Mas não morreu tudo

Eu sou alguém livre
Não sou escravo e nunca fui senhor
Eu simplesmente sou um homem
Que ainda crê no amor

Eu sou um moço velho
Que já viveu muito
Que já sofreu tudo
E já morreu cedo

Eu sou um velho, um velho moço
Que não viveu cedo
Que não sofreu muito
Mas não morreu tudo

Eu sou alguém livre
Não sou escravo e nunca fui senhor
Eu simplesmente sou um homem
Que ainda crê no amor


Por: Tim Maia.