terça-feira, 8 de setembro de 2009

PODEria ser você.


Sim. Poderia ser você.
Se você não fosse insuportávelmente parecido comigo!
Se você não fosse tão inteligente...
Eu não quero que seja você pelo simples fato de que eu te adoraria pelo resto da vida!
Não! Não pode ser você.
Se for você com certeza vou vestir uma cinta-liga todas as noites, me maquear pra você borrar em seguida, e usar aquele perfume estonteante que você tanto adora!
Eu não quero ter que ouvir aquele som da gente pelos anos seguintes.
Já disse que você não presta. E consequentemente eu também não presto!
E não quero te ser fiel.
Só existe um homem que me transforma: José Cuervo.
E não quero substituições.
Não quero que sejam sempre os teus sussurros a me arrepiar.
Não quero nada de você além do que já tenho.
E não quero te dar nada além do que já te dou. E sim, foi um trocadilho.
E não quero nada puro. Nada inocente. Nada intocável.
Quero só o que posso ter. Quero só aquilo que realmente posso ter, e me favorecer.
Sou uma egoísta depravada e cheia de devassidão.
Não confie em mim meu bem!
Assim como você, desejo uma vida prática e e desapegada.
Assim como você, sou a favor de sexo. E pronto.
E me cuido pra não ter um pingo de apego a você.
E bebo, e leio, e dou risadas, e me debruço na varanda, louca, pensando o que eu poderia te causar, sendo tão autentica. Sendo tão sincera. Sendo tão fria. Sendo tão quente.
Somos irritantemente parecidos.
PODEria ser você, meu parceiro de Rum, de Heineken, de Play, de Estádio, de cama, De VIDA.
Mas... Me recuso a te desejar dessa forma.
E padecer te amando?
ha-ha-ha...

2 comentários:

  1. Sua biscate imoral ácida.

    "...Foi então que eu a vi.
    Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles da Augusta-cidade, não Augusta-jardins. Uma prostituta, isso era o mais visível nela.
    Cabelo mal pintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar-comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olha a rua. Na mão direita tinha um cigarro; na esquerda, um copo de cerveja.
    E chorava, ela chorava.
    Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo."
    Pálpebras de Neblina
    Caio F.

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  2. esse miseravel desse homem tambem mexe comigo sahsahsuah

    muito foda gostei mesmo

    "Assim como você, desejo uma vida prática e desapegada. Assim como você sou a favor do sexo E pronto"

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Uma tonelada de opinião...