quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E e as minhas fantasias alcoolicas disformes; como é que ficam se você não vem pra mim?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica psicanálise drogas acupuntura suicídio ioga dança natação Cooper astrologia patins marxismo candomblé boate gay ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço?" Caio F.



“Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.” Caio F.



“De onde vem essa iluminação que chamam de amor, e logo depois se contorce, se enleia, se turva toda e ofusca e apaga e acende feito um fio de contato defeituoso, sem nunca voltar àquela primeira iluminação?” Caio F.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sobre as folhas.

Contarei a história do barão
Que comia na mesa com seu pai
Era herdeiro primeiro dos currais
Mas gritou num jantar
"Não quero nada! Nada!"
Nesse dia subiu num grande galho
Nunca mais o barão pisou na terra

Passou anos e anos na floresta
Andou léguas e léguas sobre as folhas
Construiu sua casa feito ninho
Beijou sua mulher perto das nuvens
Um concreto bordado nas alturas
Com manobras de amor no precipício

Quando amanheceu entre dois prédios
De pastilhas brancas e tandos andares
Um guindaste bem mais distante
A luz, a sombra, a luz, vermelha, da roupa, da aurora...

Soube nessa madrugada do homem
Que não quis os minérios do pai
E não quis os segredos farpados da mãe
Subiu numa planta, no alto da pedra
Bem perto daqui,
E ficou por lá.


Cordel do Fogo Encantado, pra eu sentir mais, sentir demais e viver muito mais.

Quando o sono não chegar.

Neste quarto de fogo solitário
No telhado um letreiro esfumaçado
Candeeiro no peito iluminado
O cigarro no dedo incendiário
O cinzeiro esperando o comentário
Da palavra carvão fogo de vela
Meus dois olhos pregados na janela
Vendo a hora ela entrar nessa cidade
Tô fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela
O prazer de quem tem saudade
é saudade todo dia
O prazer de quem tem saudade
é saudade todo dia
Ela é maltratadeira
Além de ser matadeira
ô saudade companheira
De quem não tem companhia
Eu vou casar com a saudade
Numa madrugada fria
Na saúde e na doença
Na tristeza e na alegria

Quando o sono não chegar
No mais distante lugar
No deserto beira mar
Dia e noite noite e dia.

Cordel do Fogo Encantado, de novo pra eu sentir mais.

Ela disse assim.

Ela disse assim
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão

Se ela quer voar
É porque tem asas
É porque tem asas
Não não não
Quando a gente voa
Distante e só
Tão distante e só
O sol não vem e a luz que cai
Nunca mais voltou
Nunca mais voltou
Não não não.

Cordel do Fogo Encantado, sempre me fazendo sentir demais.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Meu
Deus...

Tô sentindo uma dor tão forte no meu peito...
Um incômodo que dá vontade de arrancar a blusa e gritar.
Não é aquela dor figurativa de poeta. É real, é forte.
Parece até que é meio sensitiva.
Algo por acontecer, algo por vir...
Terrível...
Tomei um copo d'água.

"Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam ou não levam até sua morte. Não reverenciam as próprias vidas, mijam em suas vidas. As pessoas as cagam. Idiotas fodidos. Concentram-se demais em foder, cinema, dinheiro, família, foder. Suas mentes estão entupidas de algodão. Engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Acabam deixando que os outros pensem por elas. Suas mentes estão entupidas de bosta. São feios, falam feio, caminham feio. Toque pra elas a maior música de todos os tempos e elas não conseguem ouvi-la."

Charles Bukowski, naturalmente.

Okay... acho que tô melhor!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Trechos perfurantes!

"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."



"(...)Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan,depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma?”


De: Caio F.

Um luxo!




terça-feira, 20 de outubro de 2009


"Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, pra ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração? Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?"


Fernanda Young, matando a pau!


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"...O certo é que eu dancei sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar
Dia e noite sem parar, procurei sem encontrar
A palavra certa,
A hora certa de voltar,
A porta aberta,
A hora certa de chegar...
(...)
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês..."


(Eu que não amo você- Engenheiros do Hawai)

É foda tudo isso mas eu não consigo me encontrar em nada.
Tenho trabalhado como um relógio, assídua, pontual e firme.
Mas nem isso me faz esquecer tudo o que eu acho que não preciso lembrar.
Cada texto, cada bobagem que despejo aqui, têm uma direção certa.
E bastante variável eu diria...
O que eu vou fazer com essa saudade que me invade?
Saudade de que?
Saudade de quem?
Saudade pra que?
Mas ela tá aqui, me furando, cortando, cutucando pra eu lembrar e chorar ais uma vez...
E meu choro tão interno, quase invisível, quase inotável mesmo para os mais sensíveis.
Ando tão irritada, tão chata, tão idiota sabe como é?!
Tô sentindo tanta saudade.
Tanta saudade.
Saudade.







quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Azedume

Tira esse azedume do meu peito
E com respeito trate minha dor
Se hoje sem você eu sofro tanto
Tens no meu pranto a certeza de um amor

Sei que um dia a rosa da amargura
Fenecerá em razão de um sorriso teu
Então, a usura que um dia sufocou minha alegria
Há de ser o que morreu
Então, a usura que um dia sufocou minha alegria
Há de ser o que morreu

Dai-me outro viés de ilusão
Pois minha paixão tu não compras mais com teu olhar
Leva esse sorriso falso embora
Ou fale agora que entendes meu penar

A lágrima que escorre do meu peito
É de direito, pois eu sei que tens um outro alguém
Mas peço pra que um dia se pensares em trazer-me seus olhares
Faça porque te convém
Peço pra que um dia se pensares em trazer-me seus olhares
Faça porque te convém.

Los Hermanos. <3

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Peculiar.

É assim né...
Você ama, chora, bebe.
No fim das contas: você vê o quão inútil foi desperdiçar alcool e lágrimas com alguém tão pequeno.
Tão bobo diante do meu intelecto.
Ás vezes a gente morre e não se dá conta disso... Em outros casos você acorda pra vida, sente raiva, desgosto pela burrice e depois bebe dando risadas diante de tudo.
Hoje meu bem, bebo como sempre, dou tanta risada e acho tão engraçado a doçura com que me referia àquela situação tão amarga. Engraçado e idiota.
"Afãn"
Não significa quase nada não é mesmo.
Qualquer coisa pode me fazer secar uma garrafa.
Só pra "contracenar com você." Como uma Colombina.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nada de mim ok.?

O primeiro post de outubro.
Quero apenas que fique claro:

que não quero nada de você.
E que não quero nada com você.

ok.?

Aproveita pra me bloquear na sua vida também.
Ficaremos todos bem assim.

Continuo lendo o que bem entendo, ouvindo e falando.

Tá ótimo assim.

Hasta la vista!
;]