quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


"Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você"

(Chico Buarque)

Mais um ano que se vai...

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."


(Clarice Lispector)

Mais um ano que se vai...


Termino este com o melhor homem do mundo!
Com um amor pleno e imenso dentro de mim, e com uma saudade que sempre vou sentir, mesmo estando longe por 1 hora que seja...


Permanecerei com ele pelos próximos, por todos!
Um otimismo tem tomado conta de mim, uma perseverança tomou conta dos meus passos...
Vejo luz!
Vejo ele, vindo em minha direção... E sonho sempre com isso!


E será sempre assim... Tem que ser! 


Tenho vivido do verdadeiro amor, aquele incondicional e arrebatador!


Yeah!





domingo, 26 de dezembro de 2010

"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar."

 (Caio F. Abreu)



É exatamente nesse sentido que me exponho!

Deixo bem claro que... Já fiz a minha escolha!

"Quando eu olho pra ti, eu vejo os fragmentos de milhões de pequenas coisas que somadas me dizem que tu é o homem da minha vida."  Naturalmente, finalizo também com Caio.





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Chuva, café e cigarros.

Originalmente escrito em:
Brasília, 18 de dezembro de 2010.

17:18 hs.


Chuva, café e cigarros.




Meu pensamento acompanha a ventania, como se fosse levar minha mensagem de amor até ele.
Meus planos de estar sempre com ele, de viver com ele, de dividir e partilhar todas as coisas com ele me efervesce e me aquece como mais nada poderia.
A melhor das sensações me acompanha diariamente: a de ter o melhor homem!
Não há interrupções no meu desejo e na minha vontade... Não cessam, não param!
E foi num dia assim calado que ele me mostrou a vida.
Eu vou esperar pelo dia de tal partilha das vidas, como quem espera um sopro de vida...
É por ele que ouço as melhores músicas, é por ele que suspiro incontrolavelmente a cada foto que vejo, a cada sonho, e a cada palavra que ele pronuncia.
Tudo têm ficado muito claro, e muito límpido pra mim: eu o encontrei mesmo!
Meu homem, meu sol, minha vida... Meu amor!
Não deixarei que ele passe como uvas... Não deixarei que o tempo o leve...
Porque ele já tem lugar: do meu lado! Sempre comigo! Dando-me alento!


"Depois que o mal tempo foi
Eu ví você chegando
Trazia o rosto doce, bom e aliviado
Nada mais incerto
Passava também um tempo
Voltávamos a ser então o tal casal
Apaixonado, apaixonado
Gostei de ser de quem me gosta
Eu aprendi
Querendo a vida bem mais fácil
Eu resolvi
É tão melhor viver em paz
Ninguém me faz sentir assim"

(Vanessa da Mata - O tal casal)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

... Sonny Burnett ... diz:
 "Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos. " (Neruda)

.... .... .... ... é!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É disso que falamos!

"Her breath was sweet, her eyes were pretty
She said her zodiac sign was Cancer
She was on her way to New York City
Trying to get a job there as a dancer
And then she asked if she could ride up with meAnd I’m still thinking on the answer
She don’t want love, she won’t take pity
She’ll break your heart if you give her the chance ta
This scrammer got an uzi and it weighs a ton
Johnny Law got her on the run
Another broken bottle and the damage done
We’ve all been blinded by the sun
Blinded by the sun"


(Blinded by the sun- Everlast)

Pouco tempo, muita coisa...
Cenas dígnas de Miami Vice; é o cenário de toda essa conversa aqui.
Tudo sempre muito bem detalhado, muito bem planejado, e claro: SERÁ muito bem executado!
É uma sensação incrível a de encontrar o que não era esperado, a de achar remédio para o irremediável.
Poder pensar em todas as possibilidades, rir de umas, marejar os olhos por outras, é função para gente criativa... E criatividade um bom publicitário tem de sobra!
O que te resta nessa hora, é se derreter e corresponder a graciosidade do outro!
Uma inteligência absoluta, uma beleza para poucos, e uma maneira de ser única!
Foi isso que você enxergou?
Ótimo!
Agora suspire, ouça aquela música, fique com saudades, e torça para vê-lo logo!
Então é bem verdade que ele tem uma cara amarrada, um jeito marrento... Mas ele se revelou um lindo? (VIRIL, óbvio) Mas lindo?
Rá, querida: aí sim heim! Esse aí tem valor!
Seu dever então, é ser uma mulher forte, com a sua personalidade mais aflorada que nunca, e manter o sexto sentido feminino em nível máximo!
Se arruma linda, prepara tua mente para o melhor, (assim como teu corpo) e se joga nos braços dele!
Como um recado dado: "ele te dará alento"...
Sinta tudo muito intenso, viva tudo muito intenso... Fique intensamente feliz também! E o faça sentir o mesmo!
HOMEM como ele é raro, não?!
Nesse caso seja uma MULHER rara!

E toma ele para ti.


"É disso que falamos!"







sábado, 11 de dezembro de 2010

... General VII ... diz:


 A arte de ser um Agente da Narcóticos... Não está em apenas ser da Narcóticos... Está no ato de fumar e usar Narcóticos (Denzel Washington em Dia do Treinamento, fechando uma vela, pro aprendiz dele fumar, no carro)


O Sétimo Hétero do Sul El Loco também sabe o que me dizer!
BéU diz:


 E por que haverias de querer minha alma


Na tua cama?


Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas


Obscenas, porque era assim que gostávamos.


Mas não menti gozo prazer lascívia


Nem omiti que a alma está além, buscando


Aquele Outro. E te repito: por que haverias


De querer minha alma na tua cama?


Jubila-te da memória de coitos e de acertos.


Ou tenta-me de novo. Obriga-me.


(Do Desejo-Hilda Hilst)


A Bell sabe o que me dizer: FATO!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Poesia de aniversário, por: BrunoricO

Quando uma estrela nasce a missão dela é brilhar,
Umas brilham mais, outras brilham menos,
E algumas outras apenas brilham por brilhar.
Mas há também uma estrela muito especial,
Aquela que nasce com o dom de fazer
Com que as pessoas ao seu redor brilhem de alegria
Pelo simples fato de estar perto...de estar longe,
Não importa, o poder da estrela mais do que especial
Emana por distâncias inimagináveis,
Sua luz é infinita, sua beleza é rara,
E sua energia é renovável.
Quando dá saudade, é só olhar pro céu que ela está lá,
Impoluta e harmoniosa, como sempre esteve,
Mas também podemos olhar para a Terra,
Ela também estará lá,
Impoluta e harmoniosa do mesmo jeito,
Com a mesma graça.
Mas aqui não é lugar para tamanha doçura,
O mundo não se preparou para recebê-la;
Nós, meros mortais chegamos a nos perguntar se é real,
Se não seria nossa imaginação
Criando um devaneio colossal.
Tem horas que tudo parece demasiadamente irreal,
Mas ela não, ela persiste
E hoje é o dia que o mundo agradece
O simples fato de saber que essa estrela
Chamada Aline ainda existe.

Bruno, só posso dizer meu querido, que você é raro! Único. Amo muito sua pessoa!
"Feliz aniversário, envelheço na cidade..."

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Guerreiro menino.

Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura
Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem perfeitos
É triste ver este homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E a vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz


composição: Gonzaguinha.

domingo, 28 de novembro de 2010

Pegar uma navalha
e abrir o cotidiano
revirar pelo avesso
acelerar o movimento
pra essa calmaria
se transformar em vendaval
Pra ver o circo e meu corpo
pegarem fogo
A cidade em chamas
e você dançando em brasa
(Dine) 


Dine é uma linda!


E sim, esse se parece comigo!



terça-feira, 23 de novembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010



"Esperamos e esperamos. Todos nós. Não saberia o analista que a espera é uma das coisas que faziam as pessoas ficarem loucas? Esperavam para viver, esperavam para morrer. Esperavam para comprar papel higiênico. Esperavam na fila para pegar dinheiro. E, se não tinham dinheiro, precisavam esperar em filas mais longas. A gente tinha de esperar para dormir e esperar para acordar. Tinha de esperar para se casar e para se divorciar. Esperar para comer e esperar para comer de novo. A gente tinha de esperar na sala de espera do analista com um monte de doidos, e começava a pensar se não estava doido também."

Charles Bukowski.

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Não canso de ler Bukowski, de adorar o que leio, de me sentir plenamente compreendida.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mal necessário.

Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou a mesa e as cadeiras deste cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima mas você não deixa
Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na cama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na lama
Na lama, na cama, na cama


por: Ney Matogrosso.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para: Thiago Kistenmacher

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada"


Caio F. again!
"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."


Irremediavelmente, Caio F. Abreu

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Não creio em mais nada.

Não sei o que faço, a minha vida é uma luta sem fim,
Me sinto no espaço, o tempo todo a procura de mim,
Há dias na vida, que a gente pensa que não vai conseguir,
Que é bem melhor deixar de tudo e fugir
Que outro mundo tudo vai resolver.
Não sei o que faço, se volto agora ou continuo a seguir,
Eu sinto cansaço e já não sei se vale a pena insistir,
Há dias na vida que a gente pensa que não vai conseguir,
Que é bem melhor deixar de tudo e fugir,
Que outro mundo tudo vai resolver.
Não creio em mais nada, já me perdi na estrada,
Já não procuro carinho, me acostumei na caminhada sozinho,
A vida toda só pisei em espinho, ja descobri que o meu destino é sofrer.
(Paulo Sérgio)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A verdade nua e crua.

Tive a oportunidade de sentir prazer através do desconhecido. Impagável.
É bem maior do que achava que era. É sim.
Refleti sobre tal.

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Entrei na livraria, peguei um livro do Jack Kerouac, pedi um café.
As pessoas em livrarias  ao mesmo tempo que são patéticas folheando livros exotéricos, são altamente interessantes quando procuram por George Orwell... Eu estava lá tomando meu café, e lendo Kerouac, tão maldito e sujo quanto minha mente naquele momento.
Terminei meu café, fui até o caixa, e paguei pelo livro e pelo café. O atendente me seguiu até a porta e disse: 
-Garota misteriosa...
Só me veio a cabeça falar "sim, um bocado", mas deixei a livraria como se não tivesse escutado o comentário.
Sempre que saio sozinha sinto mais vontade de uísque que de qualquer suco... Penso melhor, me sinto melhor, fico melhor.
Fui ao bar, com meu livro e gosto de café na boca.
Pedi meu uísque, acendi meu primeiro cigarro do dia.
Mais uma vez senti indagação no olhar do garçom, quase pude ler o pensamento dele: "uma garota sozinha, tomando uísque no feriado dos mortos, sozinha..." creio que tenha sido algo bem assim.
Tornei a refletir sobre meu mais novo desejo, e constatei que era bom mesmo ter os desejos e os sentidos renovados.
Planejei viagens, pensei nos meus trabalhos no curso de História, lembrei dos amigos passados, rí de mim mesma pela coragem da noite anterior, e senti uma vontade imensurável daquela companhia que tô querendo demais... 
Terminei meu uísque, segui na chuva até o ponto de ônibus. E fiquei desenhando no vidro embaçado do ônibus. Apagava, desenhava, apagava, desenhava, paulatinamente, até chegar em casa.
Comi chocolates, desenhei no meu caderno, ouvi coldplay, joguei video-game, conversei, deitei e não dormi. A aflição da saudade e desejo não me abandonaram depois do dia cheio. 
Levantei, tomei água, coloquei Amélie Poulan pra assistir, e finalmente adormeci, antes do final.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Nos encontramos completamente despreparados (...), porque sei que você não me esperava, da mesma forma como eu não esperava você." Caio F.

Para: Thiago K.

assim mesmo explícito como tem que ser...

Sweet Home Chicago


Peguem seus copos e suas garrafas!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Terça vegetal.

Hoje eu me molhei na água da chuva, não foi por querer, mas não me irritei...
Estava apática, deserta...
Eu pensava apenas em estar longe, sabe?
Bem longe...
Não me permitia imaginar um só lugar onde poderia estar.
Mas com quem queria estar, sim...
Não entendo ainda se é bom ou ruim esse começo de saudade,
esse início de curiosidade,
e esses "planinhos bem bobinhos"... como visitar um sebo, e tomar um cafézinho depois...
Me sinto diferente, mas é muito confuso.
Sinto um acréscimo incrível e gritante em mim, mas me sinto incompleta agora... Falta algo.
Que eu nem sabia que faltava antes.
Essas coisas vêm por alguns motivos: creio que um deles é causar dúvida, inquietação e aflição.
Porque é muito chato, não se sentir inteira e não poder ser completa!
Isso causa anseio nas pessoas, droga!
E interfere em personalidades, por exemplo: (acreditem se quiser os que me conhecem, e os que não me conhecem já podem me achar uma perturbada mentalmente.) hoje eu não tomei refrigerante e não comi carne pelo simples fato de querer começar uma "luta contra mim mesma", e adivinhem:
Tem dedo de alguém nessa história!

HISTÓRIA.

Era o que eu queria que acontecesse...


Enfim, por hoje chega, mais uma vez, derramei sentidos aqui.

domingo, 24 de outubro de 2010

Domingo de chuva, espera e anseio.

Ouço os trovões, o som da chuva no meu telhado, minha varanda está molhada.
Já vomitei litros nesse espaço. Já expeli tudo quanto foi tipo de sentimento, ganhos, percas, dores e satisfações.
Já desabafei sobre minhas peculiaridades, me mostrei por hora viva, por hora morta...
Enchi cinzeiros, esvaziei garrafas, chorei e sorri de mim mesma enquanto despejava aqui tudo o que quis.
Está chovendo, em mim também.
Hoje sinto uma ausência que sempre esteve ausente para mim. Mas sinto isso fortemente hoje.
Sinto falta, saudade e até mesmo desapontamento por isso.
O que precisa ser dito, é que minha insanidade está aflorada hoje, meus sentimentos mais críticos e omissos vieram a tona pra se molhar comigo nessa chuva.
E não desejo opções, porque me recuso a raciocinar.

Deixo aqui então meu sentimento de saudade e de vontade da sua presença...

Eu não sou nada. Sou um domingo frustrado. Ou estou sendo ingrata? Muito me foi dado, muito me foi tirado. Quem ganha? Não sou eu não..." Clarice Lispector.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Muito Pouco - Paulinho Moska


Sem palavras, sem esboço de nada pra essa composição! Geniaaaal!
Moska arrasou na interpretação também.

Me emociono muito. Sempre.
"Tenho achado, devagarinho, cá dentro de mim, em silêncio, escondido, que nem gosto mais muito de viver, sabia?"

Caio F.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E parar...

E para os loucos que compreendem insanidades:
por favor se "aproxeguem"!
E para os que estão de longe e se dizem normais:
nem se aproximem!!!
Não escrevo pondo rótulos nos meus sentimentos como se fossem potes de maionese.
Não digo o que pode ou não ser amor.
O que deve ou não ser amado.
E nem venham tentar me ensinar...
Aprendi perfeitamente bem a bater o pó da minha bunda quando levanto de um tombo.
E tô mesmo é procurando essências onde desconheço.
"CAÇANDO" gente interessante. E digo: encontrei!
Não quero júri.
Não quero réu.
E no apse do meu processo vou apertar a tecla pause!

E parar...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Roda viva na vida morta.

O desejo é um tempo parado.
E o meu tempo não pode mais parar... Tem que rodar, tem que dar voltas.
Tem que chegar ao destino traçado.
E quem traçou?
Foi Deus?
Não creio. Fui eu.
Me sinto incompleta, numa roda viva, nessa vida morta.
A fumaça do meu cigarro escrevendo o nome dele...
Acordo, tomo café, logo existo, logo penso: menos um dia na roda viva.
Acendo um cigarro, boto música no rádio e sussurro: nessa vida morta.
Torturante não é. Escolhas são dessa forma mesmo.
Qualquer instante é só um tempo que não terminou.
Tenho vontade de saquear tudo o que ele tem de melhor.
E não vou esconder que sou o pior.
Não tenho vontade de ver essas partituras. (mortas)
Me retiro desse recinto com pesar hoje.
Nostálgica e horrenda.
Amarela.
Fosca.



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

[RE] descobrindo aquelas coisas de destino.

Ontem, no bar, comecei a viagem da imunidade ao amor e ressaltei o quão estamos com a cara pra bater e não aceitamos. Não admitimos. E ignoramos.
As cicatrizes só provam isso.
As marcas, as rugas, as falhas.
É possível amar alguém por 20 minutos dentro do ônibus, e imaginar como ela vive, o que (se) ela estuda, se trabalha, o que escuta... E amar até que ela dê sinal e desça.
Pelo menos umas trocentas vezes abri a boca e disse paulatinamente: NÃO-QUERO-ABRAÇOS-E-BEIJOS-IMPOSSÍVEIS. NÃO-QUERO-ABRAÇ... IMPOSSÍVEIS...
E foi ai que caí no conto do vigário!!! Ê destininho insano esse meu...
O encanto maior veio e me abraçou, e acalantou e envolveu como se eu pudesse sentir o cheiro. O gosto. O arrepio.
Coisa mais boba, esperar que ele chegue para oferecer meu primeiro "bomdia" do dia.
Ou torcer para que ele tenha me esperado para oferecer meu melhor "boanoite" da noite.
É bobo mesmo. E infantil. Por hora até imaturo. Mas é o prato do dia. É o que temos pra hoje.
Um súbito amor ao desconhecido dos olhos. Uma saudade indizível do que nem é meu.
E quero tanto. E desejo tanto. E sonho tanto. E ardo quase que com acidez quando penso que meu maior plano é concretizar o "tocável".
Sinto como se o conhecesse. Como se o ouvisse.
Como se esses beijos e abraços impossíveis estivessem cada dia mais perto de mim...
E estão cada dia mais próximos.
E darão certo.

Conto porque já perdi as contas.

Esse é um conto (indizível) que minha companheira pseudo-historiadora-cientista social Isabel Amorim criou pra mim [manuscrito], numa doçura e delicadeza estonteantes.

Conto porque já perdi as contas.

Conto para além das contas que podem existir
Conto porque é da conta do mundo saber.
Conto, conto como quem conta as contas do cordão da moça jovem
Ou como quem conta as estrelas só pra iluminar o céu da sua boca.

Conto com vontade de catar,
catar as pérolas que caem dela quando ela passa.

Cantei, e ainda canto a canção anciã que embala sua vida.
Embalo o cheiro dela para presente e me presenteio a cada instante. Cada.

Cadê essa que inspira uma nova aspiração de vida?
Ora, ela há de perder a hora da madrugada.
Há de ser atemporal e temperada.
Destemperadamente carregada.

Paradoxo? Pára!
Paro na contra-mão dos dias para contar-lhe a beleza do instante.
Ela os vive, vive o dia que vira a noite e o açoite que vira paixão.
Parad...

Conto e digo que já perdi a conta da negridão do seu cabelo e do seu olhar.
Ela é a matemática aplicada. Cada.
"Cada um que quer aprova" e está aprovada!
Conta: conto que cegamente me encontro encantada.

Bell, minha fulÔ, te amo.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Somos livres, e este é o inferno.: Questionar? Por que?

Somos livres, e este é o inferno.: Questionar? Por que?: "Vocês já pararam para pensar o quão importante é se perguntar, questionar? Por exemplo, porque existe o bom e o “Restart”? Ta bom! Não exage..."

Somos livres, e este é o inferno.: Um prato fundo pra toda fome que há no mundo.

Somos livres, e este é o inferno.: Um prato fundo pra toda fome que há no mundo.: "Todos em sã consciência são indignados com a fome assolada e exposta para quem quiser ver.Estatísticas dão conta de que um terço da popula..."

CONFIRAM! E SIGAM!

O analfabeto político.

O pior analfabeto
É o analfabeto político
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato, e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

(Berthold Brecht)

sábado, 2 de outubro de 2010

Pensamentos de Tyler Durden.

Eu vejo aqui as pessoas mais fortes e inteligentes.
Vejo todo esse potencial desperdiçado.
A propaganda põe a gente pra correr atrás de carros e roupas.
Trabalhar em empregos que odiamos para comprar merdas inúteis.
Somos uma geração sem peso na história.
Sem propósito ou lugar.
Nós não temos uma Guerra Mundial.
Nós não temos uma Grande Depressão.
Nossa Guerra é a espiritual.
Nossa Depressão, são nossas vidas.
Fomos criados através da tv para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astros do rock.
Mas não somos.
Aos poucos tomamos consciência do fato.
E estamos muito, muito putos.

Você não é o seu emprego.
Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco.
Nem o carro que dirige.
Nem o que tem dentro da sua carteira.
Nem a porra do uniforme que veste.
Você é a merda ambulante do Mundo que faz tudo pra chamar a atenção.

Nós não somos especiais.
Nós não somos uma beleza única.
Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo.

Do filme, Clube da Luta, meu favorito.