segunda-feira, 26 de abril de 2010

Nada não.

Queria ter escrito tantas músicas, talvez aquelas que pra mim nem façam tanto sentido, ou não façam nenhum. Ou façam todo o sentido do mundo. Tanto sentido que ferem e queimam. Queria ter escrito aqueles livros que retratam a vida alheia, ou a minha vida, ou a minha não-vida; aqueles contos sobre as praças e relógios. Queria ter vivido os sonetos, as poesias daquele poeta desajeitado, mas que de fato, entendia sobre as coisas torpes, e boêmias. Queria me vestir como aquela manequim apática e pálida, e me maquiar sem medo de borrar a cara. Queria parar de pensar nas tolices que eu já disse, nos vacilos que cometi. De remoer coisinhas miúdas. De tentar me capacitar pra realizar coisas inúteis. Queria parar de ouvir mais de 20 vezes seguidas aquelas música que eu queria ter escrito. De ler todas as noites a poesia do poeta que eu queria ter sido. E parar com essa redundância. Terrível não é mesmo?! Nada do que eu queria, eu sou; eu fiz. Ou vou ser; ou fazer.

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