quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Passei muito tempo vagando em mim, acho que me perdi. Preciso abrir minhas janelas."

"Deus é um irrresponsável! Para que criar tantos loucos? Eu queria um hospício só para mim."

"Quando estou plenitude até eu tenho medo de mim."

"Um Deus que se alimenta dos meus medos não me serve."

Tudo por : Clarice, sempre me enlouquecendo com meu eu-patético.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Me defenda, pois estou consumida.

Sim, eu estou consumida.
Consumida pelo cansaço e pela saudade do inesperado, do novo.
Porque e pra quê ter saudade do velho? Do que passou?
Não! Não é esse tipo de saudade que quero; que sinto; que posso.
Sinto saudade do que não está AGORA nas minhas mãos.
E o que está na minha frente agora é o que me consome. Suga toda energia que concentro em mim. Acaba com minha cabeça, meus pés, meu fígado. Me queima como azia no estômago. Penetra como agulha fina nas veias. Só lixo. Só sobras. Será mesmo que mereço as sobras de um domingo ensolarado? Ou as sobras de você-tira-gosto? Sei que não mereço. Sei também que meu exesso de peso está tão acima do normal quanto o meu sorriso agradável. E é mais cativante, convenhamos.
Estou consumida pela droga do trabalho, que deixa qualquer um obediente, automático, "educadinho" e infeliz.
Minha mãe me consome, meu irmão me consome, o meu garoto me consome, meu gerente me consome, o cara da padaria me consome...
Isso seria stress ou mau humor???
Ou seria a falta de alcool? (não bebi ontem)
Ou seria os remédios, para o fígado, dor de cabeça, garganta, estômago?
Quero é cogumelos. Pra sonhar com Stark.
Já tô pra gritar " me acode que tô louca", mas nem tô lendo nada muito estimulante a isso. Sherlock Holmes é muito mentiroso. Inteligente. Mas fantasia muito. Tô acostumada com esse povo beat.
E eu sou beat? Sou suicide girl? Sou pin up? Sou hot? Sou hard core?
Nem bêbada eu sou mais. Nem boêmia. Nem bonitinha.
Eu estou muito fodida de stress.
E que pena que não tenho só um pinguinho de satisfação. Agora não tenho.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Recado para os amigos:

Camila Broto: rá! perigooosa!
Anderson Salomé: Deixe disso, e me ame.
Gigi: Volte a beber e comer carne!
Mamuh: Te quiero siempre cabrón!
Turco: Não dê bebidas a quem derrama ok?
Mike: vc não é amigo, oras! =]***

terça-feira, 18 de maio de 2010

Estou cansado

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.


Alvaro de Campos.

Hoje, preciso de um chopp. Pra fortalecer o fígado e a mente.
Realmente tô cansada (acho liiiiindo esse poema ai), e precisando de vigor na vida.
Sei lá, um amante, um drink novo, uma viagem, sexo... qualquer coisa que me faça sair de mim um pouco, ou entrar em mim de vez pra ver se resolvo metade dos problemas. Ou enlouquecer de verdade né.
Tenho me chateado com erros grotescos (MEUS), permissões indevidas (MINHAS), e acabo me remoendo sozinha.
Um chopp, ou melhor: cerveja preta com Rum!!!

Ai me acabo nego!

Mas então: Downey Jr., vamo ali fih? hehehe


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Segredo.

de: Drummond.


A poesia é incomunicável.
Fique torto no seu canto.
Não ame.

Ouço dizer que há tiroteio
ao alcance do nosso corpo.
É a revolução?o amor?
Não diga nada.

Tudo é possível, só eu impossível.
O mar transborda de peixes.
Há homens que andam no mar
como se andassem na rua.
Não conte.

Suponha que um anjo de fogo
varresse a face da terra
e os homens sacrificados
pedissem perdão.
Não peça.

ás: 06:10:20 am.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Apolínea.




Fulguras como a figura
Mais notável do pomposo
Centro-Oeste.
Para os que sentem sede
És a água do agreste.
Para os que sentem frio
És o manto que os aquece.
E para os que padecem
De qualquer que seja o mal,
Sua energia é como
Uma força unilateral
Que surge sem igual, vibrante,
E de forma mais do que essencial.

És a jóia que não precisa
Ser avaliada
Para se ter a noção
De que és excessivamente
Valiosa e requintada.
Louco seria o rei
Que a quisesse de forma lapidada.
Jóias assim,
Precisam ser completas,
Para serem verdadeiramente
Apreciadas e valorizadas

És a pujança que veste
Os nus de espírito
E descamisados de esperança,
Num mundo
De tão pouca aliança
Onde os mortais
Já desistiram da utópica mudança.

És a bailarina
Que nem sequer dança
Mas ao entrar no palco,
És a que mais encanta,
Chegando a proporcionar
No velho espectador
Um renovado sorriso de criança.

És a suntuosidade
Em forma de gota de vida.
Quisera eu que todos os mares secassem
E germinassem com gotas que de ti pingassem.


por: Brunorico

Uma poesia tão agradável e gentilmente oferecida à mim, por uma pessoa brilhante, um monstro sagrado das palavras. Um presente lindo. Muito, muito obrigado querido... Você é FODA.


Rede, blues e tacos.

Brindamos, bebemos, gargalhamos, jogamos, beijamos, recordamos, desejamos, traimos.
E até bom tomar um certo cuidado no espaço, se não marcam mais uma na comanda.
Já estava avisado: Ela não quer confusão.
E já era de se esperar: Ele vai te desafiar.
Um texto feito; e ensaiado vinte vezes: a única novidade é que mudamos bruscamente.
A maior novidade é que, tá, não é novidade: é tão bom.
Esclarecimentos, como todo mal entendido.
E declarações antigas. Já sepultadas.
E o texto começa a ficar melancólico, eu começo a sofrer com a ressaca de hoje.
E vou ler Caio F.; pensando como ele relataria isso.
Se ele teria ido, se ele estaria bebendo...
Valerá a pena então se entristecer e desenterrar pra chorar novamente no breve e repetido sepultamento?
Nessa altura, meu bem, o sentimentalismo grátis de outrora, já tem preço estipulado.
Pode até não valer mesmo a pena, mas chorar também acho que não mais. Acho.
Mesmo porque agora não há mais motivos.
Não tem nada encoberto, nenhuma intenção obscura. Nenhuma cobrança de dividas. Porque já não me deve nada. E porque já paguei também, há alguns anos.
Esses textos meio letra-de-música-de-viado-intelectual-recalcado, são tão comuns.
Mas não há nada incomum em estar idiota se envolvendo novamente e de novo e outra vez com nada que me acrescente.
Partindo de mim não é incomum mesmo.
Então... Essa categoria de texto me cai como uma luva.
E esses desabafos também já são marcas minhas. E sei bem que me atrapalham e me deixam passar uma imagem frágil, sensível e imatura.
E eu tô bem, mas admito que tô morrendo de medo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010


"Relembro a casa com varanda
Muitas flores na janela
Minha mãe lá dentro dela
Me dizia num sorriso
Mas na lágrima um aviso
Pra que eu tivesse cuidado
Na partida pro futuro
Eu ainda era puro..."

(Roberto Carlos pra ela.)

Minha própria Clarice Lispector!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O tempo nos dá livros para engolir, pais para conhecê-los e assim acreditar mais ainda em Kafka, amigos para descobrir falhas humanas toleráveis, amores para nos dilacerar, e inteligência, para usar só 10%.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sob Medida

Se você crê em Deus
Erga as mão para os céus
E agradeça
Quando
me cobiçou
Sem querer acertou
Na cabeça
Eu sou sua alma gêmea
Sou sua
fêmea
Seu par, sua irmã
Eu sou seu incesto
Sou igual a você
Eu nasci pra você
Eu não presto
Eu não presto

Traiçoeira e vulgar
Sou sem nome e sem lar
Sou aquela
Eu sou filha da rua
Eu sou cria da sua
Costela
Sou bandida
Sou solta na vida
E sob medida
Pros carinhos seus
Meu amigo
Se ajeite comigo
E dê graças a Deus

Se você crê em Deus
Encaminhe pros céus
Uma prece
E agraceça ao Senhor
Você tem o amor
Que merece


Chico Buarque, o cara.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

"Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?

Quem se atreve a me dizer?"

terça-feira, 4 de maio de 2010

AC/DC - Back In Black

Descampado.

Aquela noite lá... nada além de lua e cheiro de terra, uns matos e a caminhonete, exalando mais veneno que eu.

Tipo: Okay, sem mais delongas, vamos lá baby!

E foi frenético. Excêntrico...

Regados a uma brisa tão leve, diferente do pesar de movimentos. Mo-vi-men-tos!
Severos. Fortes. Vibrantes.
PQP! Ele sabia mesmo o que fazer!

Sabia que ela era classuda. Sabia também que ela era ríspida até pra isso.
E sabia das coisas sujas que ela poderia gostar.


Sabia como transformar aquele rostinho adolescente no veneno móvel.

Sabia mesmo.

Dai: a praia desfez o veneno.

Free sex baby, entenda!

Re-encontros e despedidas II

Ela. 15 anos, cabelos vermelhos, all star sujo, ensino médio, new metal e skate.
Ele, 18anos, barba no queixo, rock'n roll, guitarra, e calças justas.
Ela, imatura, sonhadora, apaixonada.
Ele, exigente, impaciente e talentoso.
Perfis traçadamente distintos, sonhos incomuns, casas distantes.
Não podia dar certo. Mas Ela tão confiante. Tão cheia de certezas e de paixão.
E Ele tão impiedoso e frio.



Deixando pra trás traumas adolescentes...




Essa tal de internet, vou te contar... from hell...

Tipo, aquela coisa de talk: "e ai? ah de boa... Ta bem? sim sim... tanto tempo né... ah é msm..."
Trocam-se telefones, visitas no orkut; "ligo-não-ligo", LIGO! E mais uma vez: "ah,rs então, td jóia? ahhh claro... pow boto fé, a gnt marca sim... rs" palhaçada isso...

Depois de tantos anos, tantas coisas, tantos amores, Ele está lá de novo. A deixando sem palavras, a deixando adolescente novamente. Estranho demais. Muito pra Ela.
Os dois declaram que mudaram, e isso no caso dela é visível ao extremo. Ela "tá mulherão". Ele tem marcas do tempo e de alcool. Mas os sorrisos são iguaizinhos. Têm a mesma essência.

E pra acabar com todo orgulho, se encontram no bar. Ela acompanhada, claro. Ele comemorando. Se cumprimentam, decentemente. E Ela olha bem pra Ele. Sorri seu melhor sorriso. Ele olha muito bem pra Ela. E só olha.

Se olham. Meias palavras. E só.

Se despedem, pouco íntimos, e meio escondidos, (Ela tava acompanhada, lembra?). mas sem nenhuma vontade de ir sem se despedir "dignamente".

Bom, o resto o destino precisa cuidar. Pre-ci-sa.

Ela não quer mais confusão.

sábado, 1 de maio de 2010

Re-encontros e despedidas.

São terríveis... preciso postar sobre isso. mas preciso beber agora; e não quero nem a luz dessa tela.