sábado, 31 de julho de 2010


Ganhei o selinho de Camila Maxi, meu Broto...
Mas eu como sempre, não acatei as regras!

ps: Te amo gatchenha! Adorei o selinho!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Escudos

Eu não tenho tempo pra falar teu nome
Eu não tenho nome pra você dizer
Meu café jamais vai matar sua fome
Nada que tu traga vai me apetecer
Sinistro parece que a gente se deu ao desfrute de nada
Tua tanga na manga do mágico falso
Tuas mãos na cartola teu corpo no palco

Traga pra cá tudo
Deixa o seu ser mudo me fazer falar
Traga pra cá tudo
Deixa o seu ser mudo me fazer falar
Traga pra cá tudo
Deixa o seu ser mudo me fazer falar

Não contei ainda teus escudos sujos
Sabe que eu te estudo sem me aproximar
O teu santo gringo me mostrou teu mundo
Vi que no escuro tu fica a chorar
Se Shiva me disse pra ter paciência
Te pego no beco do sino da crença
Te assusto com a ira da minha demência

Traga pra cá tudo
Deixa o seu ser mudo me fazer falar
Traga pra cá tudo
Deixa o seu ser mudo me fazer falar
Traga pra cá tudo
Deixa o seu ser mudo me fazer falar

Se Shiva me disse pra ter paciência
Te pego no beco do sino da crença
Te assusto com a ira da minha demência

Traga pra cá tudo
Deixa o seu ser mudo me fazer falar...

Maria Gadú, numa composição GENIAL.

ADORO>



domingo, 25 de julho de 2010

Ali.

"Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha nos teus olhos"
(Fagner e Zeca)

Sempre haverá uma idiota, que persiste no nada. No vazio.

Eu estava numa peleja, procurando o ócio criativo, em busca de palavras para expressar o meu mau contentamento com a vida. Com as pessoas. Com os objetos.
Não estava afim de "meter o pau" em ninguém. Em nada.
A verdade é que não estou mais apta.
É isso, me falta aptidão.
Me falta aconchego em qualquer palavra.
É domingo, de manhã. E eu não quero porcarias.
Não quero, sinceramente, pagar de Maria do Bairro...
Minha realidade não me permite ser personagem mexicana.
Nem mesmo Paola Bracho, como se dizem por aí.
A minha sagacidade está escassa.
Tão escassa quanto a personalidade de algumas mulheres, lindas e sem nenhum propósito nisso...
Sei lá, me veio muita coisa na mente agora.
Foda é que não consigo organizar nada.


sábado, 24 de julho de 2010

"Descobririas que as coisas e as pessoas só o são em totalidade quando não existem perguntas, ou quando essas perguntas não são feitas."

Caio, deliciosamente.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos.

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos — vis porque são nossos e vis porque são vis.
O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são formas elementares da arte, ou, antes, de produzir o mesmo efeito que ela. Mas amor, sono, e drogas tem cada um a sua desilusão. O amor farta ou desilude. Do sono desperta-se, e, quando se dormiu, não se viveu. As drogas pagam-se com a ruína de aquele mesmo físico que serviram de estimular. Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio. Da arte não há despertar, porque nela não dormimos, embora sonhássemos. Na arte não há tributo ou multa que paguemos por ter gozado dela.
O prazer que ela nos oferece, como em certo modo não é nosso, não temos nós que pagá-lo ou que arrepender-nos dele.
Por arte entende-se tudo que nos delicia sem que seja nosso — o rasto da passagem, o sorriso dado a outrem, o poente, o poema, o universo objectivo.
Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.

Bernardo Soares, Do livro do Desassossego.

ps: Tô mais insana ainda, mamãe não devia me permitir essas leituras.
Adoreeei!

Camila, bixa má!

Ilove.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Benditos sejam os instantes, e os milímetros, e as sombras das pequenas coisas, ainda mais humildes do que elas! Os instantes (...) Os milímetros — que impressão de assombro e ousadia que a sua existência lado a lado e muito aproximada numa fita métrica me causa. Às vezes sofro e gozo com estas coisas. Tenho um orgulho tosco nisso."

Do livro do Desassossego.

domingo, 18 de julho de 2010

Domingos Matam Mais Homens que Bombas


devido às condições do fim de semana, e embora haja

poluição demais, tudo está engarrafado

e é pior que mastros quebrados na tempestade

você não vai a lugar algum

e se for, estão todos olhando pelas vidraças

ou esperando pelo jantar, e não importa o quanto esteja ruim

(não a vidraça, o jantar)

eles vão passar mais tempo falando nisso

do que comendo,

e é por isso que minha mulher se livrou de mim:

eu era um tosco e não sabia quando sorrir

ou ainda (pior) eu sabia,

mas não o fazia, e numa tarde

com gente pulando em piscinas

e jogando cartas

e assistindo comediantes de TV cuidadosamente barbeados

em camisas brancas engomadas e finas gravatas

brincando sobre aquilo que o mundo havia feito com eles,

eu fingi uma dor de cabeça

e eles me deram o quarto da mocinha

(ela tinha uns 17)

e , droga, eu me arrastei sob seus lençóis

e fingi que dormia

mas todo sabiam que eu era um farsante encurralado,

mas eu tentei todos os truques –

tentei pensar em Wilde atrás das grades,

mas Wilde estava morto;

tentei pensar em Hemingway atirando num leão

ou andando pelas ruas de Paris

orgulhoso com seus parceiros malucos,

as putas enlanguescendo-se até seus belos joelhos

mas tudo que fiz foi girar entre seus jovens lençóis,

e da cabeceira, balançando em minha tempestade nervosa,

vários bibelôs caíram em mim –

elefantes, cachorros de vidro com olhares sedutores

um menino e uma menina carregando um balde d’água,

mas nada de Bach ou conduzido por Ormandy,

e eu finalmente desisti, fui até a privada

e tentei mijar (eu sabia que ia ficar constipado

por uma semana), então eu saí

e minha mulher, uma leitora de Platão e de e.e. cummings

subiu e disse “ooooh, você devia ter visto

BooBoo na piscina! Ele deu cambalhotas e piruetas

e foi a coisa mais engraçada que você

JAMAIS viu!”

acho que não foi muito depois que o homem veio

ao nosso apartamento no terceiro andar

pelas sete da manhã

e me entregou uma notificação de divórcio,

e eu voltei pra cama com ela e disse,

não se preocupe, está tudo bem, e

ela começou a chorar chorar chorar,

me desculpe, me desculpe, me desculpe,

e eu disse, por favor pare,

lembre do seu coração.

mas naquela manhã quando ela saiu

pelas 8 da manhã ela parecia

a mesma de sempre, talvez até melhor.

nem pensei em me barbear

liguei dizendo que estava doente e desci

até o bar da esquina.


C.Bukowski


Merecidamente.

L.T


"Só meu candeeiro é quem velava o Seu sono santo
Santo que é Seu nome e Seu sorriso raro
Eu voava alto porque tinha um grande par de asas
Até que um dia caí"
(Cordel do Fogo Encantado)



"...quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente?"

Me pergunto se não estou cada dia mais perturbada com o ócio, ou se eu realmente tô insatisfeita pra caralho com tudo que se refere a mim!
Com tudo que tenho comido, feito, dito.
Diria até que o problema não é solidão, é só a falta da companhia que realmente desejo agora!

"Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação..."


Ele tem nome, ele tem profissão, tem ideais e tem a mim.
A dificuldade é realmente como avisá-lo, de que eu não pude me conter diante de tal imponência, diante de tudo o que ele é.

"há o momento em que o irremediável se torna tangível eu sei disso"

"eu te vejo mais fundo do que você me vê, porque eu te invento nesse olhar, porque você se torna o meu invento"

É você querido, é você.

L.T

terça-feira, 6 de julho de 2010

"- Você agora me vai achar piegas, mas deixa eu perguntar. Você não acredita em amor?"
Caiooooo, minha perdição nesse frio.

eu só quero que você saiba: que eu estarei aqui depois da porta fechada, das cartas rasgadas, e das feridas abertas! Estarei aqui entre os lençóis úmidos e entre os sorrisos desfeitos. Só pra te agradecer pelo bom filho-da-puta que você é!

Tem umas coisas que a gente vai deixando, vai deixando, vai deixando de ser e nem percebe. Quando viu, babau, já não é mais.

Caio, sempre.

Deste modo ou daquele modo, Conforme calha ou não calha, Podendo às vezes dizer o que penso, E outras vezes dizendo-o mal e com misturas, Vou escrevendo os meus versos sem querer, Como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos, Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse Como dar-me o sol de fora. Procuro dizer o que sinto Sem pensar em que o sinto. Procuro encostar as palavras à ideia E não precisar dum corredor Do pensamento para as palavras. Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir. O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar. Procuro despir-me do que aprendi, Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro, Mas um animal humano que a Natureza produziu. E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem, Mas como quem sente a Natureza, e mais nada. E assim escrevo, ora bem, ora mal, Ora acertando com o que quero dizer, ora errando, Caindo aqui, levantando-me acolá, Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso. Ainda assim, sou alguém. Sou o Descobridor da Natureza. Sou o Argonauta das sensações verdadeiras. Trago ao Universo um novo Universo Porque trago ao Universo ele-próprio. Isto sinto e isto escrevo Perfeitamente sabedor e sem que não veja Que são cinco horas do amanhecer E que o sol, que ainda não mostrou a cabeça Por cima do muro do horizonte, Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos Agarrando o cimo do muro Do horizonte cheio de montes baixos.

Alberto Caeiro - O Guardador de Rebanhos - 10/05/1914

O pastor amoroso.

Todos os dias agora acordo com alegria e pena.
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações.
Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo

Alberto Caeiro

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Enfim, não seremos Hexa em 2010, mas com certeza a de 2014 será nossa... Não se pode ganhar duas copas seguidas não é msm?!
E poxa, baleiar o dunga no twitter não é bacana... Ele é apenas um anão... rs.
Deixando as piadinhas sem propósito de lado: Jack Daniels?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

namorado?

Julho frio.

Julho frio, e raiva escaldante.
Perder um amigo porque ele foi fazer um câmbio no méxico, tudo bem.
Ou porque o carro do sorvete o atropelou, ok.
Mas perder um amigo por birra do pobre coitado, é patético.
Tão patético quanto quanto ele não querer aceitar que não é perfeito.

Triste, maaaaas...

O bom (não pra ele) é que sou opiniosa demais.
E minha indiferença é ferida certeira!

Rá!