segunda-feira, 22 de março de 2010

Às vezes, sem que o espere ou deva esperá-lo, a sufocação do vulgar me toma a garganta e tenho a náusea física da voz e do gesto do chamado semelhante. A náusea física directa, sentida directamente no estômago e na cabeça, maravilha estúpida da sensibilidade desperta… Cada indivíduo que me fala, cada cara cujos olhos me fitam, afecta-me como um insulto ou como uma porcaria. Extravaso horror de tudo. Entonteço de me sentir senti-los.
E acontece, quase sempre, nestes momentos de desolação estomacal, que há um homem, uma mulher, uma criança até, que se ergue diante de mim como um representante real da banalidade que me agonia. Não representante por uma emoção minha, subjectiva e pensada, mas por uma verdade objectiva, realmente conforme de fora com o que sinto de dentro que surge por magia analógica e me traz o exemplo para a regra que penso

Bernardo Soares - Livro do Desassossego

O álcool das grandes palavras e das largas frases que como ondas erguem a respiração do seu ritmo e se desfazem sorrindo, na ironia das cobras da espuma, na magnificência triste das penumbras. Pessoa
Me arranca de todas as cores
Me deixa rente aos pés de qualquer coisa que não levita
Me acomoda em lugares tão claros como um poço
Perturba minha mente assim, simples, como uma britadeira
E adoça minha vida com um toque de ferrugem



Por favor... por favor.

Pára!!!

Que merda tudo isso!
Que droga!
Que desordem maldita!

Odeio esse sentimentalismo de botequim...
Me odeio por estar tão idiota.

domingo, 21 de março de 2010

Estava tão vivo q qualquer outra coisa também viva e próxima merecia minha mão estendida, oferecendo. Estendi a mão. Ele não podia aceitá-la

Caio.
Não tenho mais emoção alguma. Sou só um corpo dotado de movimentos que vai derramando meticuloso a gasolina sobre os objetos. caio.

Estavam ambos naquela faixa intermediária em que ficou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das outras.

Caio.
Ele estava na platéia, porque não sabia cantar nem dançar nem declamar, nem nada que os outros pudessem sentar e aplaudir.

Caio.

sexta-feira, 19 de março de 2010

João e Maria.

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Chico.

Stop crying your heart out

Hold on!

Hold on!

Don't be scared

You'll never change what's been and gone

May your smile (May your smile)

Shine on (Shine on)

Don't be scared (Don't be scared)

Your destiny may keep you warm

'Cause all of the stars

Are fading away

Just try not to worry

You'll see them some day

Take what you need

And be on your way

And stop crying your heart out

Get up (Get up)

Come on (Come on)

Why you scared? (I'm not scared)

You'll never change what's been and gone

'Cause all of the stars

Are fading away

Just try not to worry

You'll see them some day

Take what you need

And be on your way

And stop crying your heart out

'Cause all of the stars

Are fading away

Just try not to worry

You'll see them some day

Just take what you need

And be on your way

And stop crying your heart out

Where all us stars

We're fading away

Just try not to worry

You'll see us some day

Just take what you need

And be on your way

And stop crying your heart out

Stop crying your heart out

Oasis, de novo.


tão bonita...

Sério, tô sentindo uma vergonha...
Esses meus impulsos e excessos são tão deploráveis.

(testemunhas de Jeová gritando no portão, ainda bem que moro em cima... ¬¬)
[voltando...]

São tão deploráveis... tô me afogando em livros... me afogando dentro de mim, tipo uma viagem sem volta sabe... Tô no interior mais profundo de solidão que já alcancei na vida.

E o único motivo que vejo, é total vergonha e pesar de alguns atos e palavras.

Ok.

Hoje a noite tem boteco com os amigos... já dá pra desafogar um bocado.

terça-feira, 16 de março de 2010

Let there be love

Who kicked a hole in the sky
So the heavens would cry over me?
Who stole the soul from the sun
In a world come undone at the seams?

Let there be love
Let there be love

I hope the weather is calm
As you sail up your heavenly stream
Suspended clear in the sky
Are the words that we sing in our dreams

Let there be love
Let there be love
Let there be love
Let there be love

Come on, baby blue
Shake up your tired eyes
The world is waiting for you
May all your dreaming fill the empty sky
But if it makes you happy
Keep on clapping
Just remember I'll be by your side
And if you don't let go
It's going to pass you by

Who kicked a hole in the sky
So the heavens would cry over me?
Who stole the soul from the sun
In a world come undone at the seams?

Let there be love
Let there be love
Let there be love
Let there be love

Oasis.

Me matando nessas férias.

domingo, 14 de março de 2010

"Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco."

Por: Gabriel García Marquez, trechos do livro 'Memórias de minhas putas tristes'.


http://www.youtube.com/watch?v=WoJKOJ10g5o

me emociona.

Férias!

terça-feira, 9 de março de 2010

Tigresa

para: Camila Maxi (e para mim, claro.)


Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days

Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor

Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão

As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento


Caetaneando no Blog. êh Caê...

Uma boa semana se inicia!

Saudades dos amigos: Anderson Salomé, Camila Broto e Gigi Horrana.

Amo vcs!


E Mike: tempo demais né não??!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

"Isso tudo nunca foi pra mim, nunca funcionou, é sempre eu que caio, de amores, ilusões, dores e no final de tudo eu fico aqui, esperando esse trem, pra me levar para a proxima estação, onde eu possa finalmente criar uma nova ficção na minha cabeça, uma nova atração para os meus olhos, uma nova paixão pro coração, e quem sabe, um final pra este roteiro."

Caio.

sexta-feira, 5 de março de 2010

". . .e chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, [...]na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar — exposta, imoral, escandalosa — sem se importar que a vissem sofrendo."
Caio.


Um frio na barriga, uma náusea, um nojo... Acordei assim hoje. Já liguei para um amigo; que também nem anda bem... Já tomei uma cerveja matinal... Fiz compras antes de vir trabalhar. Não sou desse tipo, que precisa comprar pra se sentir melhor... mas... fiz o teste. E não deu certo, como eu já imaginava. Preciso de um beijo. Daqueles bem gostosos. Será que assim passa?

quinta-feira, 4 de março de 2010

"O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, 'esse lugar confuso', o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida..."


Caio.F


quarta-feira, 3 de março de 2010

seduzindo de modo bem natural, cabelo e maquiagem oh no baby! haushuahsua

Casa pré- fabricada

Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos
Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo

Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais

Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela, a primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota

Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um tanto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais

Los H.

me sinto tão leve e tão pesada quando tô com esse som na cabeça...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Distritmia

Eu quero me esconder debaixo
Dessa sua saia prá fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar
No emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir seu sangue
Pro meu coração que é tão vagabundo

Me deixa te trazer um dengo
Prá num cafuné fazer os meus apelos
Me deixa te trazer um dengo
Prá num cafuné fazer os meus apelos
Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom ser fotografado
Mas pelas retinas desses olhos lindos

Me deixe hipnotizado
Prá acabar de vez com essa disritmia
Vem logo, vem curar seu nêgo
Que chegou de porre
lá da boemia
Vem logo, vem curar seu nêgo
Que chegou de porre
lá da boemia

lálálá;;;


vem logo, vem curar tua nega fih...