Lendo um livro que mais parece um vômito, feridas expelindo secreções, cuspes de sangue.
Um ótimo livro.
Tomando uma dose de Rum atrás da outra.
Fumando o velho e câncerígeno cigarro da saudade.
Um vento gelado no rosto. Só o vento estava gelado.
Eu estava quente.
Em mais uma noite na varanda.
Lendo, bebendo, fumando e sofrendo gratuitamente outra vez.
Amando de graça.
Desejando de graça.
Deteriorando meus orgãos de graça.
E não há quem pague ou o que pague essas noites de insônia.
Essa agonia que me consome.
Esses desejos reprimidos que insistem em me derrubar.
É de graça.
Todas essas linhas são de graça.
As minhas feridas, mesmo as cicatrizadas, expelem a mesma secreção nojenta daquele livro.
Um ótimo livro.
Não saram.
Eu não deixo, porque as enxergo.
E o Rum... Ah o Rum.!
Não é de graça.
O cigarro da saudade... Ah o cigarro da saudade.!
Não é de graça.
A única coisa gratuita aqui é a minha raiva.
O sentimentalismo barato que eu insisto em cultivar.
Sim, sentimentalismo barato, porque amor não é.
E não será nunca. Não dessa forma.
Não assim, individual e mesquinho.
Happy Rum!
Salve...retribuindo as visitas que sempre faz...o blog ta da hora...mantenha-se sempre ativa-mente....tamo junto sistah...Jah bless!!
ResponderExcluir