"Acendo a memória das virgens que, presas em gaiolas de ferro, profetizavam mastigando ervas e folhas de cevada, enquanto gases estranhos- talvez vapores venenosos- saíam com pressão da fenda da pedra embaixo da jaula levantando a saia da louca que gozava o futuro. E o seu grito doido pelo deus recebido furava o amanhã. E essa era a voz do oráculo. Voz que acabava guerra começava guerra destrinchava destinos."
Trecho de Mercadorias e Futuro; de José Paes de Lira.
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