domingo, 24 de outubro de 2010

Domingo de chuva, espera e anseio.

Ouço os trovões, o som da chuva no meu telhado, minha varanda está molhada.
Já vomitei litros nesse espaço. Já expeli tudo quanto foi tipo de sentimento, ganhos, percas, dores e satisfações.
Já desabafei sobre minhas peculiaridades, me mostrei por hora viva, por hora morta...
Enchi cinzeiros, esvaziei garrafas, chorei e sorri de mim mesma enquanto despejava aqui tudo o que quis.
Está chovendo, em mim também.
Hoje sinto uma ausência que sempre esteve ausente para mim. Mas sinto isso fortemente hoje.
Sinto falta, saudade e até mesmo desapontamento por isso.
O que precisa ser dito, é que minha insanidade está aflorada hoje, meus sentimentos mais críticos e omissos vieram a tona pra se molhar comigo nessa chuva.
E não desejo opções, porque me recuso a raciocinar.

Deixo aqui então meu sentimento de saudade e de vontade da sua presença...

Eu não sou nada. Sou um domingo frustrado. Ou estou sendo ingrata? Muito me foi dado, muito me foi tirado. Quem ganha? Não sou eu não..." Clarice Lispector.


Um comentário:

  1. Enchi cinzeiros, esvaziei garrafas, chorei e sorri de mim mesma enquanto despejava aqui tudo o que quis.
    Está chovendo, em mim também.

    as vezes é engraçado,a chuva parece,que o universo ta chorando em cumplicidade com nossa dor!

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