terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Finish?

Esse ano eu comecei com o coração cheio de amor, de esperança, de ternura e alento.
Me despedi da cidade em que eu nasci e vivi por 21 anos, com muita vontade de ser feliz...
Mas me perdi no meio do caminho.
Fui pro escuro, pro vazio, onde eu só sentia saudades e medo.
Ainda assim fui à luta sozinha, contando apenas com os bons amigos que estavam tão longe de mim.
Consegui muitas coisas, sim. Mas o que eu mais queria na vida ainda estava perdido em meio ao caos...
Eu insisti... Não podia deixar que algo tão grande se perdesse!
E por ser tão intenso não se perdeu mesmo.
Termino o ano da mesma maneira que comecei: com o coração tranquilo e cheio do melhor amor do mundo!

E que venha 2012!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Me tornei uma mulher de fibra, dona da minha própria vida. Costuro o meu drama com as minhas próprias mãos. O amadurecimento forçado me trouxe uma forma de resistência que subsistirá pra sempre nos caminhos traçados por mim, que não tem nada a perder, mas muito a conquistar. Essas emoções impregnadas em mim não são vazias...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

"Lion Man", por Criolo



Gostaria de com essa música marcar essa passagem da minha vida!

As coisas mudaram. Eu mudei. Outra postura...


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Espectro.

Apenas um espectro.
Que me assombra durante os dias, as noites.
Em todas as estações.
Quase o ano inteiro dias foram noites. E as madrugadas foram intermináveis.
A acidez ainda consome o que sobrou. 
Sobras. Resumo dessa forma: me tornei o resto de amor que um dia foi lindo, o resto de amizades verdadeiras, de família reunida no almoço de domingo.

parei.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Criolo em "Não existe amor em SP"


"...Encontro duas nuvens em cada escombro, em cada esquina
Me dê um gole de vida
Não precisa morrer pra ver Deus..."

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

sábado, 27 de agosto de 2011

Presença

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento


das horas ponha um frêmito em teus cabelos...


...É preciso que a tua ausência trescale


sutilmente, no ar, a trevo machucado,


as folhas de alecrim desde há muito guardadas


não se sabe por quem nalgum móvel antigo...


Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela


e respirar-te, azul e luminosa, no ar.


É preciso a saudade para eu sentir


como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...


Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista


que nunca te pareces com o teu retrato...


E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.






Mário Quintana.



E é só o que resta sempre aqui: saudade.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

"...E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar; tô me guardando pra quando o carnaval chegar..."

Haja Chico! Cabelos lisos e as idéias emboladas dentro da minha cabeça!

#FAIL!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

As palavras.

As palavras saem quase sem querer,
Rezam por nós dois.
Tome conta do que vai dizer.
Elas estão dentro dos meus olhos
Da minha boca, dos meus ombros
Se quiser ouvir
É fácil perceber
Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração
Tentei
Rasguei sua alma e pus no fogo
Não assoprei
Não relutei
Os buracos que eu cavei
Não quis rever
Mas o amargo delas resvalou em mim
Não me deu direito de viver em paz
Estou aqui para te pedir perdão
Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração
As palavras fogem
Se você deixar
O impacto é grande demais
Cidades inteiras nascem a partir daí
Violentam, enlouquecem ou me fazem dormir
Adoecem, curam ou me dão limites
Vá com carinho no que vai dizer
Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração...

(Vanessa da Mata)

Eu tenho sentido grande necessidade de voltar a escrever... Os meus próprios textos e reflexões... mas tudo tem tido um gosto muito amargo... A minha inspiração vem da perda... Da falta, da saudade... Sinceramente, não me preparei para tais sintomas tão cedo. Fiquem com as músicas, com as letras genias dos outros... 

Hasta!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Primavera nos dentes



É assim mesmo... pegue seu copo, afaste o cinzeiro pra perto e trague do seu melhor cigarro...

Brindemos!

Yeah!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Amor é quando você tem todos os motivos para desistir de alguém, e não desiste."

Caio F. Abreu

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Não sobrou nada do céu...
As perdas foram maiores que os ganhos, bem maiores mesmo...
Não sei mais lidar com elas.

A vontade negra da morte me envolveu... pra cobrir o que tinha sido lindo um dia...

Por hora, me retiro daqui.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Apenas pequenas epifanias...

"Era frio. Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração. Provavelmente competiam."

...

"Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo."
...
"Não tô bem. Isso eu posso dizer, tendo certeza. Mas é também uma coisa pela qual você não pode fazer nada, e de pouco adianta eu dizer."
...
"E se cuida, por favor, se cuida bem. Não é porque estou longe que não te quero bem."
...
"(...) pode fazer um pedido. Ou três. Sempre faço. Quando são três, em geral, esqueço dois. Um nunca esqueci. Um sempre pedi: Amor."


Caio Fernando Abreu, claro.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Adeus Você...

Adeus você

Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante

Adeus você
Não venha mais me negacear
Teu choro não me faz desistir
Teu riso não me faz reclinar
Acalma essa tormenta
E se agüenta, que eu vou pro meu lugar

É bom...
Às vezes se perder
Sem ter porque
Sem ter razão
É um dom...
Saber envaidecer
Por si
Saber mudar de tom

Quero não saber de cor, também
Pra que minha vida siga adiante...

(Marcelo Camelo)

E o que eu mais quero é que essa tempestade passe... Desejo que essa pausa pro café amargo termine...

O amo mais que a mim.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Música.

Nosso sonho

Se perdeu no fio da vida
E eu vou embora
Sem mais feridas
Sem despedidas
Eu quero ver o mar
Eu quero ver o mar
Eu quero ver o mar
Eu quero ver o mar

Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música


Música


Nossas juras de amor
Já desbotadas
Nossos beijos de outrora
Foram guardados
Nosso mais belo plano
Desperdiçado
Nossa graça e vontade
Derretem na chuva


Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música


Música


Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música


Música






Um costume de nós
Fica agarrado
As lembranças, os cheiros.
Dilacerados
Nossa bela história
Tá no passado
O amor que me tinhas
Era pouco e se acabou


Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música


Música


Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música


Música...

Vanessa da Mata, servindo como trilha para minha dor... Consequentemente...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Coisas do Coração.






Quando o navio finalmente alcançar a terra
E o mastro da nossa bandeira se enterrar no chão
Eu vou poder pegar em sua mão
Falar de coisas que eu não disse ainda não
Coisas do coração!
Coisas do coração!
Quando a gente se tornar rima perfeita
E assim virarmos de repente uma palavra só
Igual a um nó que nunca se desfaz
Famintos um do outro como canibais
Paixão e nada mais!
Paixão e nada mais!
Somos a resposta exata do que a gente perguntou
Entregues num abraço que sufoca o próprio amor
Cada um de nós é o resultado da união
De duas mãos coladas numa mesma oração!
Coisas do coração!
Coisas do coração!


 (Raul Seixas)

É um tempo bom para apresentar esse som a quem não conhece... E fazer com que os que conhecem se deliciem mais uma vez...

Uma letra tão bonita... Um som tão bacana... É!
Tempo de mudanças...


...apenas mudanças...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011



"Tenho um amor fresco e com gosto de chuva e raios e urgências. Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente, nuvem que não passa. Me escorrem desejos pelo rosto pelo corpo. Um amor susto. Um amor raio trovão fazendo barulho. Me bagunça. E chove em mim todos os dias."


Caio F. Abreu.



O gosto dele está na minha boca esta manhã.
Eu dormi? Ou passei a noite inteira tentando mastigá-lo, engoli-lo, degusta-lo?
O gosto dele permanece aqui: doce. 
Às vezes preciso de doses cavalares de realidade pra ter certeza de que é isso mesmo: eu tenho um amor enorme que trago comigo desde que amanheço, até quando anoiteço, e nem a noite escura me faz esquecer daquele sorriso de Sol, que sempre digo.
É um alento constante que sinto, que me protege do frio... Mas me dói essa saudade. 
As dores de cabeça não passam, penso demais. Desejo demais. Planejo demais. É isso.
O nosso dia vai chegar. Está próximo. E a minha espinha já leva uma rajada gelada de ansiedade.
A minha fé tem sido cega. Incontestável. 
Para os que desacreditam, invejam, ou até ficam recalcados diante dessa luz que nos ilumina: minha faca está amolada.
Não tem ninguém pra desbaratinar. E nem há quem ouse.
O cuidado com esse sentimento recíproco, com esse presente, com esse amor: ultrapassa o imaginável.
Esse tipo de amor, (que é único) sofre um processo de nutrição e de cultivo raros. 
Só cresce, só vive e só me faz bem!











sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tá.

São 2:15 agora, dia 05 de Fevereiro.

Sábado.

E só quero dizer uma coisa:

TENHO UM HOMEM PRA CHAMAR DE MEU! ACEITEM!

Boa madrugada.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Puxa uma corda, uma marionete se mexe.

cada homem precisa perceber
que tudo pode, subitamente,
desaparecer:
o gato, o pneu dianteiro,
o trabalho,
a cama, a mulher, o quarto; todas suas necessidades
incluindo o amor,
descanse num alicerce de areia —
e em qualquer causa alheia,
não se  importe com a grandeza:
a morte dum garoto em Hong Kong
ou uma nevasca em Omaha…
podem servir como sua ruína.
todas quinquilharias da China indo
d’encontro ao chão, sua namorada entrará
e bêbado você estará
e ela perguntará:
meu deus, o que foi que aconteceu?
e você dirá: não sei,
eu não sei…

Charles Bukowski, na sua melhor forma!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fanatismo


"Minhálma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és se quer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio do Fim!..."



(Florbela Espanca)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dois ou três almoços, uns silêncios.

Fragmentos disso que chamamos de "minha vida".

Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo 
presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.



Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.



Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Peixes*. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.



Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: Mas ambos estavam comprometidos.



Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.



De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.



Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.



Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.


(Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", 22/04/1986)

Caio Fernando Abreu, e suas pequenas epifanias.

* No texto original lê-se Libra.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um pouco de calor.




Ney sempre um luxo! Adoro!

"A noite daqui é tão linda e faz me perder
Penso num belo horizonte em poder te ver
Sei que eu não tenho mais nada a perder
Se eu não tenho mais nada a perder
No meu peito eu tenho você
É nessa estrada que eu quero estar
Eu quero o dia, a noite e o mar e cantar...

... Onde está você meu amor?
Eu preciso de um pouco de calor."



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Só tinha de ser com você.






É, só eu sei
Quanto amor eu guardei
Sem saber que era só prá você
É, só tinha de ser com você
Havia de ser prá você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
É, você que é feito de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonito demais
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim.
(Tom Jobim)
Claro que tinha de ser ele, que me enche de orgulho, que me faz feliz, dono das melhores surpresas imagináveis, dono do meu coração, da minha alma...
Todo o meu amor, é dele!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Prelúdios-Intensos para os desmemoriados do amor.

Parte III


Contente. Contente do instante
Da ressurreição, das insônias heróicas
Contente da assombrada canção
Que no meu peito agora se entrelaça.
Sabes? O fogo iluminou a casa.
E sobre a claridade do capim
Um expandir-se de asa, um trinado

Uma garganta aguda, vitoriosa.


Desde sempre em mim. Desde
Sempre estiveste. Nas arcadas do Tempo
Nas ermas biografias, neste adro solar
No meu mudo momento

Desde sempre, amor, redescoberto em mim.


por: Hilda Hilst

(Extraído do livro: Júbilo memória noviciado da paixão, 1974.)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Alento.



Quando nada mais houver,
eu me erguerei cantando,
saudando a vida
com meu corpo de cavalo jovem.
E numa louca corrida
entregarei meu ser ao ser do Tempo
e a minha voz à doce voz do vento.
Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio,
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi,
cantos de espera pelo que há de vir.


( Extraído do livro Caio Fernando Abreu-  Caio 3D, O Essencial da Década de 1970, p.144)




Caio é assim... Essa coisa irresistível! 





Mais uma pedra!



"...Eu quero que você venha comigo, todo dia! Todo dia! ..."

sábado, 22 de janeiro de 2011

Seu olhar.

Têm o mesmo título, letras diferentes, compositores diferentes. E as duas: geniais em todos os aspectos.


"Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo
Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro
Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem
Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor... "
(Seu Jorge- Seu olhar)
.
.
"Gosto quando olho pra você
Gosto mais quando seu olho vem
Na direção do meu
Na direção do meu
Na direção do meu
Gosto ainda mais quando esquecemos
Onde estamos e olhando em volta escolhemos
A mesma coisa pra olhar
A mesma coisa pra olhar
A mesma coisa pra olhar
Gosto quando olho com você o mundo
E gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você
Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você
Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você
Na direção do meu
Na direção do meu
A mesma coisa pra olhar
A mesma coisa pra olhar
Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele...com você."
(Paulinho Moska- Seu olhar)
.

.
E claro, elas têm ouvidos certos como destino principal! ; )

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Valsinha

Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz



(Chico Buarque e Vinícius de Moraes)


Contemplando o que pra mim, se trata de autêntica arte...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Minha querida... não se engane ao achar que você é suficientemente boa: porque não é!

Quando amanhecer.


Quando amanhecer será
Para iluminar você
Vai anoitecer o dia
Se não vier
Mas se for presente
Tudo iluminará
Meu humor, meu coração
Como deve ser se
Ser como Deus quer for
Milagre, resignação
Roupa colorida
Alegria às vistas,
indescência, indiscrição
Seu cheiro me achando
Minh'alma perdida
Direi que é céu no chão
Quando anoitecer será
Para te fazer dormir
Estrelas que nem brilhantes
Pra te vestir
Vai saber que Deus fez
As damas da noite
Preparando o seu buquê
Como vai dizer não
Se tudo o que eu vejo
Está aqui pra te servir
A mais bela roupa
Roupa de ir à festa
Coloquei pra te esperar
Disco na vitrola
Uma vela acesa
E a lua mais cheia
Quando o sol nascer será
Para desenhar você
Ou será que virá pro sol nascer.
(Vanessa da Mata)
É tanto amor...mas tanto!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

 "Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."


Clarice Lispector.


De volta ao meu quarto: um universo de sonho e planos!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"I cry my eyes out every time I hear your song
I hope this path leads me back where I belong
I walk along the lonely road"


(Everlast- Lonely Road)


Tô indo mas volto, morrendo de saudades e louca pelo seu amor!



terça-feira, 4 de janeiro de 2011


"No City Colleger de Los Angeles, logo antes da Segunda Guerra Mundial, eu me fazia de nazista. Mal sabia distinguir Hitler de Hércules, mas não me importava nem um pouco. O negócio é que ficar sentado na sala de aula ouvindo todos aqueles patriotas discursando sobre como deveríamos atravessar o oceano e acabar com tudo aquilo me entediava profundamente. Decidi fazer oposição. Não me dava sequer ao trabalho de ler sobre Adolf, simplesmente vomitava qualquer coisa que me parecia maléfica ou insana.
A verdade é que, de fato, eu não tinha nenhuma crença política. Era apenas uma maneira de me libertar daquilo tudo. Você sabe, algumas vezes, se um homem não acredita no que está fazendo, ele pode fazer um trabalho muito mais interessante, porque ele não está emocionalmente envolvido em sua Causa. [...] Eu levantava durante a aula e gritava qualquer coisa que me viesse à cabeça. Normalmente tinha alguma relação com a Raça Superior, o que me parecia ser bem engraçado. Não falava diretamente dos Negros e dos Judeus, porque via que eles eram tão pobres e perdidos quanto eu era. [...] Ficava surpreso ao perceber a quantidade de pessoas que me ouviam e quão poucas entres elas, se é que alguma, ao menos questionava minhas afirmações."

Bukowski – Ao sul de lugar nenhum.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

(re) Encontro.

“Sabia, gosto de você chegar assim, arrancando páginas dentro de mim, desde o primeiro dia.”
                                                                                                                                         (Chico Buarque)

Ele veio e uniu todos os fragmentos do oco que reinava dentro de mim...
Tinha nada em mim, porque as cicatrizes eram externas... No interno, era somente o NADA; doía não sentir nada, não pensar em nada, não querer nada!
Ele chegou com uma paisagem nos olhos, um tanto quanto descrentes, mas era a paisagem mais bonita que eu havia visto...
E eu, um tanto quanto surpresa por ver essa chegada repentina, tremi, suei, gaguejei... Eu enxerguei que na verdade já o conhecia de outras estradas, de outro momento, em outro corpo, talvez...  Era ele, sempre foi... O homem que me faria preencher o vazio, o oco, o nada.
Ele é de uma postura firme, voz firme, palavras firmes, eu não me lembrava mais disso.
Me encantei pelo homem que me viera (re) encontrar.
Ele me (re) conheceu, me abriu seu melhor sorriso, e então eu estava lá: diante do meu homem, contemplando a paisagem daqueles olhos e aquele sorriso de Sol me iluminou.
Com ele, me sinto viva, quente, inteira, preenchida, completa. Não me falta nada. Não existe mais vazio, nem disritmia. Tenho motivos, razões, planos e propósitos. Ele me dá aconchego, alento, proteção. Ele tira de mim a agonia, o pessimismo e a inquietação. Fico calma, serena, doce. Não há mais aridez, amargura nem omissão.
Ele tem a mim até pelo avesso.  Conhece, respeita, valoriza, deseja, ama.
Nos temos por inteiro. Somos inteiros. Vivos um para o outro. Amando sem fim.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Everlast- Dirty




Isso, claramente, me faz lembrar meu AMORZÃO, VIRILZÃO! (hehe)

Voltando as raízes... [2]

"É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa."



(Charles Bukowski, o meu favorito)




 

Voltando as raízes...

"Qual é a sua estrada, homem? - a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?"


(Jack Kerouac)

Vê se fica bem...




"Vê se fica bem, meu bem
Vê se dorme bem, meu bem
Pois não estarei pra te cuidar
Nem pra te mimar
Vê se fica bem, meu bem
Vê se come bem, meu bem
Pois não estarei pra te cuidar
Nem pra te salvar"

(Vanessa da Mata)

2011, GO! GO!

"Quando se sente amor, tem-se uma funda ansiedade. É como se eu risse e chorasse ao mesmo tempo. E vem o medo, que essa felicidade não dure."

(Clarice Lispector)

E meu desejo para 2011 é AMOR!