terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Puxa uma corda, uma marionete se mexe.

cada homem precisa perceber
que tudo pode, subitamente,
desaparecer:
o gato, o pneu dianteiro,
o trabalho,
a cama, a mulher, o quarto; todas suas necessidades
incluindo o amor,
descanse num alicerce de areia —
e em qualquer causa alheia,
não se  importe com a grandeza:
a morte dum garoto em Hong Kong
ou uma nevasca em Omaha…
podem servir como sua ruína.
todas quinquilharias da China indo
d’encontro ao chão, sua namorada entrará
e bêbado você estará
e ela perguntará:
meu deus, o que foi que aconteceu?
e você dirá: não sei,
eu não sei…

Charles Bukowski, na sua melhor forma!

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