quarta-feira, 4 de agosto de 2010

alguma versão de desabafo novo.

Eu não consigo mesmo entender esses meus devaneios.

Não, eu não me importo com essas opiniões, com essas rotulações.

Mas me importo com as perdas, com os danos, com a desventura.

Tenho medo da perda. Tenho medo da solidão. E aprendi a temer também os julgamentos da vida. (não os das pessoas)

Não sei perder, fato.

Sinto muito sempre que não tenho ao meu lado, ou não tenho, só pra ter mesmo. Isso é egoísmo. Isso é impertinência. O sumiço das pessoas, a falta que elas me fazem, as lembranças que ficam me magoam por demais. Dói. Aflige.

O triste, o que lamento, é que EU me perco das pessoas porque não sei ser otimista, não sei me doar, não sei declarar verdadeiramente. Sempre trato de esconder ou oprimir. Deixo meu pessimismo, desapego e a amnésia dos bons momentos me afastarem, só pra dizer que sou forte, que supero, que sou “engraçadinha”, uma boba ás vezes. Mas sentimental nunca! Não posso, nunca pude (e não sei se vou ainda) me permitir sentimentalismo, apego, e afins.

Mas a verdade é que a saudade me mata ainda. Esse amor todo que guardo comigo, essa amizade, essa ternura vai me sufocar um dia. Até mesmo a simpatia que tento esbanjar é uma forma de fugir dessa solidão que temo tanto.

Sim, eu me esforço.

A verdade é que se eu tivesse coragem daria abraços grátis, “beijaria o português da padaria”, distribuiria sorrisos mil, e diria pra cada uma dessas pessoas de valor o quanto eu amo. E amo sim. E amo muito. E não vivo sem. Até pros novos companheiros de luta eu diria “é possível amar você sabia?” sem medo. Sem pudor. Só pelo prazer da liberdade.

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